quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A CRISE DA MONARQUIA PORTUGUESA

No final do século XIX a vida urbana propiciava a proliferação das ideias republicanas e antimonárquicas, principalmente entre a burguesia urbana de Lisboa, Porto e Coimbra. 
Entre os factores que contribuíram para isso: 
 A vida dos cafés, a educação básica e os jornais tornaram a opinião pública muito informada e interventiva. 
 O rotativismo partidário entre os partidos do regime Regenerador e Progressista e a falta de soluções contribuíram para a falta de credibilidade do sistema monárquico liberal, havendo suspeitas de manipulação de resultados eleitorais. os governos e o rei passaram a ser muito criticados sendo cada vez mais frequente a censura ao regime. 
 A insatisfação e descontentamento populares eram grandes devido à crise económica e financeira que assolava o país. 
 Neste contexto surgiu o Partido Republicano em 1876 desenvolvendo uma propaganda antigovernamental e aproveitando todos os factos políticos e económicos que resultassem em argumentos que mobilizassem as populações e encontrassem eco nas suas reivindicações. 
 Em 1890 o episódio do Mapa Cor de Rosa e do Ultimatum deu argumentos à oposição para reclamar com violência contra o rei. Abandonando aos ingleses as pretensões de ocupação dos territórios do Chire o governo português deu argumentos aos republicanos para desenvolverem uma série de acções populares de protesto contra o rei e os interesses ingleses. 
Um ano depois em 31 de Janeiro de 1891 deu-se a primeira revolta republicana em Portugal. O ambiente de contestação e de quase estado de sitio fez com que o rei visse a sua autoridade posta em causa sendo obrigado a tomar medidas de reforço do seu poder: Convidou o politico João Franco para primeiro ministro dissolveu o Parlamento em 1907 e deu a João Franco poderes de ditadura. O sentimento antimonárquico tornou-se muito forte levando a Carbonária a organizar um atentado contra o rei em 1908, o regicídio, no qual faleceu também o príncipe herdeiro Luís Filipe.




 D. Manuel tornou-se o último rei de Portugal como D. Manuel II. Sem conseguir resolver os problemas nacionais governou em contestação quase permanente sendo deposto em 5 de Outubro de 1910 juntamente com sua mãe D. Amélia.

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