Documento 1
“O perigo [comunista] manifesta-se sob múltiplas formas. Uma destas formas é a agressão armada aberta. Podemos reduzir grandemente este risco declarando claramente que um ataque contra a zona coberta pelo tratado desencadearia uma reacção tão unida, tão forte e tão bem direccionada que o agressor perderia mais do que poderia esperar ganhar. […] Será necessário assegurar que os esforços individuais das diversas partes envolvidas no tratado sejam utilizados em benefício de todos. As nações aqui representadas não podem reunir exércitos terrestres tão imponentes como aqueles de que o comunismo internacional dispõe na Ásia. Se as nações livres procurassem manter importantes forças terrestres em toda a parte onde existe perigo no Mundo, contribuiriam para a sua própria destruição. No que diz respeito aos Estados Unidos, as suas responsabilidades são tão vastas e tão dispersas que pensamos ser mais útil o desenvolvimento do efeito dissuasor de uma força de embate móvel, acompanhada das nossas reservas colocadas em pontos estratégicos.”
Análise do documento:
A OTASE foi criada a 8 de setembro de 1954, por iniciativa dos Estados Unidos, no contexto da Guerra Fria, como parte do pacto de defesa colectiva no sudeste da Ásia, no início da conferência de Manila. A organização torna-se uma das dimensões da política de contenção contra o desenvolvimento do comunismo no Sudeste Asiático após a guerra na Indochina. J.F. Dulles, defende que o mundo ocidental deve-se proteger do expansionismo soviético e, por isso, os EUA tinham que ter uma grande resposta para conseguirem "destruir" a Europa de Leste. Assim,a bipolarização do mundo em dois blocos de poder, liderados pelas duas superpotências, EUA e URSS, levou os EUA, depois da Guerra a liderarem e financiarem as alianças militares de contenção ao socialismo em nível mundial. Daí a formação da OTASE para impedir a expansão socialista no sudoeste asiático, bem como, nos países que eram influenciados pelo capitalismo.
Documento 2
Vivo, logo compro […] A liberdade consiste em comprar, vender, trocar, aproveitar os saldos […]. A felicidade consiste na criação ininterrupta de novas necessidades e de novos produtos para satisfazê-las […] Não é suficiente dizer aos senhores Brown que bebam Coca-Cola, que lavem os dentes com Colgate e que circulem num Ford; uma mentalização e uma lavagem ao cérebro contínuas lembra-lhes em todo o lado, nas bermas das estradas, nos céus, nos periódicos e nos espectáculos, que esses produtos são amigos que os acompanham durante todo o dia.
Análise do documento:
O efeito dos "Trinta Gloriosos" foi a generalização do conforto material. Devido ao aumento da qualidade de vida e ao pleno emprego, a sociedade passou a ser designada como uma sociedade de consumo. A sociedade de consumo identifica-se pelo consumo de bens supérfluos, que passam a ser vistos como imprescindíveis. É uma sociedade do desperdício, pois há sempre uma vontade de renovação. Nesta sociedade de abundância, o cidadão despende mais do que o necessário. Os espaços comerciais aumentam e a publicidade lembra as "maravilhas" a que todos têm direito e que as vendas a crédito permitem adquirir: "Vivo, logo compro." Assim, o consumismo instala-se e torna-se um símbolo das economias capitalistas da 2ª metade do século XX.
“O perigo [comunista] manifesta-se sob múltiplas formas. Uma destas formas é a agressão armada aberta. Podemos reduzir grandemente este risco declarando claramente que um ataque contra a zona coberta pelo tratado desencadearia uma reacção tão unida, tão forte e tão bem direccionada que o agressor perderia mais do que poderia esperar ganhar. […] Será necessário assegurar que os esforços individuais das diversas partes envolvidas no tratado sejam utilizados em benefício de todos. As nações aqui representadas não podem reunir exércitos terrestres tão imponentes como aqueles de que o comunismo internacional dispõe na Ásia. Se as nações livres procurassem manter importantes forças terrestres em toda a parte onde existe perigo no Mundo, contribuiriam para a sua própria destruição. No que diz respeito aos Estados Unidos, as suas responsabilidades são tão vastas e tão dispersas que pensamos ser mais útil o desenvolvimento do efeito dissuasor de uma força de embate móvel, acompanhada das nossas reservas colocadas em pontos estratégicos.”
J.F Dulles, Objectivos da OTASE, 1954
Análise do documento:
A OTASE foi criada a 8 de setembro de 1954, por iniciativa dos Estados Unidos, no contexto da Guerra Fria, como parte do pacto de defesa colectiva no sudeste da Ásia, no início da conferência de Manila. A organização torna-se uma das dimensões da política de contenção contra o desenvolvimento do comunismo no Sudeste Asiático após a guerra na Indochina. J.F. Dulles, defende que o mundo ocidental deve-se proteger do expansionismo soviético e, por isso, os EUA tinham que ter uma grande resposta para conseguirem "destruir" a Europa de Leste. Assim,a bipolarização do mundo em dois blocos de poder, liderados pelas duas superpotências, EUA e URSS, levou os EUA, depois da Guerra a liderarem e financiarem as alianças militares de contenção ao socialismo em nível mundial. Daí a formação da OTASE para impedir a expansão socialista no sudoeste asiático, bem como, nos países que eram influenciados pelo capitalismo.
Documento 2
Vivo, logo compro […] A liberdade consiste em comprar, vender, trocar, aproveitar os saldos […]. A felicidade consiste na criação ininterrupta de novas necessidades e de novos produtos para satisfazê-las […] Não é suficiente dizer aos senhores Brown que bebam Coca-Cola, que lavem os dentes com Colgate e que circulem num Ford; uma mentalização e uma lavagem ao cérebro contínuas lembra-lhes em todo o lado, nas bermas das estradas, nos céus, nos periódicos e nos espectáculos, que esses produtos são amigos que os acompanham durante todo o dia.
A. Bousquet, Les Americains sont-ils Adultes?, Hachette, 1969
Análise do documento:
O efeito dos "Trinta Gloriosos" foi a generalização do conforto material. Devido ao aumento da qualidade de vida e ao pleno emprego, a sociedade passou a ser designada como uma sociedade de consumo. A sociedade de consumo identifica-se pelo consumo de bens supérfluos, que passam a ser vistos como imprescindíveis. É uma sociedade do desperdício, pois há sempre uma vontade de renovação. Nesta sociedade de abundância, o cidadão despende mais do que o necessário. Os espaços comerciais aumentam e a publicidade lembra as "maravilhas" a que todos têm direito e que as vendas a crédito permitem adquirir: "Vivo, logo compro." Assim, o consumismo instala-se e torna-se um símbolo das economias capitalistas da 2ª metade do século XX.
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