quarta-feira, 18 de julho de 2012

PLANIFICAÇÃO: MÓDULO 9 – ALTERAÇÕES GEOESTRATÉGICAS, TENSÕES POLÍTICAS E TRANSFORMAÇÕES SOCIOCULTURAIS NO MUNDO ATUAL

3º Período  16 aulas de 90 minutos
MÓDULO 9 – ALTERAÇÕES GEOESTRATÉGICAS, TENSÕES POLÍTICAS E TRANSFORMAÇÕES SOCIOCULTURAIS NO MUNDO ATUAL

1. O fim do sistema internacional da Guerra Fria e a persistência da dicotomia Norte-Sul 
1.1. O colapso do bloco soviético e a reorganização do mapa político da Europa de Leste. Os problemas da transição para a economia de mercado
 1.2. Os pólos do desenvolvimento económico
 - Hegemonia dos Estados Unidos: supremacia militar, prosperidade económica, dinamismo científico e tecnológico.
 - Consolidação da comunidade europeia; integração das novas democracias da Europa do Sul; a UE e as dificuldades na constituição de uma Europa política.
 - Afirmação do espaço económico da Ásia- Pacífico; a questão de Timor.
 - Modernização e abertura da China à economia de mercado; a integração de Hong Kong e de Macau.  1.3. Permanência de focos de tensão em regiões periféricas
 - Degradação das condições de existência na África subsaariana; etnias e Estados.
 - Descolagem contida e endividamento externo na América latina; ditaduras e movimentos de guerrilha; a expansão das democracias.
 - Nacionalismo e confrontos políticos e religiosos no Médio Oriente e nos Balcãs.
 2. A viragem para uma outra era 
2.1. Mutações sociopolíticas e novo modelo económico
 - O debate do Estado-Nação; a explosão das realidades étnicas; as questões transnacionais: migrações, segurança, ambiente.
 - Afirmação do neo-liberalismo e globalização da economia. Rarefacção da classe operária; declínio da militância política e do sindicalismo.
 2.2. Dimensões da ciência e da cultura no contexto da globalização
 - Primado da ciência e da inovação tecnológica; revolução da informação; ciência e desafios éticos; declínio das vanguardas e pós-modernismo.
 Saúde e Educação Afectivo-Sexual:as novas doenças do séc XX.
 - Dinamismos socioculturais: revivescência do fervor religioso e perda de autoridade das Igrejas; individualismo moral e novas formas de associativismo; hegemonia da cultura urbana.
 3. Portugal no novo quadro internacional 
- A integração europeia e as suas implicações. As relações com os países lusófonos e com a área ibero-americana.

PLANIFICAÇÃO:MÓDULO 8 – PORTUGAL E O MUNDO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL AO INÍCIO DA DÉCADA DE 80 – OPÇÕES INTERNAS E CONTEXTO INTERNACIONAL

2º Período  33 aulas de 90 minutos  
MÓDULO 8 – PORTUGAL E O MUNDO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL AO INÍCIO DA DÉCADA DE 80 – OPÇÕES INTERNAS E CONTEXTO INTERNACIONAL

1. Nascimento e afirmação de um novo quadro geopolítico 
1.1. A reconstrução do pós-guerra
 - A definição de áreas de influência; a Organização das Nações Unidas; as novas regras da economia internacional. A primeira vaga de descolonizações.
 1.2. O tempo da Guerra Fria
 - a consolidação de um mundo Bipolar
 - O mundo capitalista: a política de alianças liderada pelos EUA; a prosperidade económica e a sociedade de consumo; a afirmação do Estado-providência.
 - O mundo comunista: o expansionismo soviético; opções e realizações da economia de direcção central. - A escalada armamentista e o início da era espacial.
1.3. A afirmação de novas potências
 - O rápido crescimento do Japão; o afastamento da China do bloco soviético; a ascensão da Europa.
 - A política de não-alinhamento; a segunda vaga de descolonizações.
 1.4. O termo da prosperidade económica: origens e efeitos.
 2. Portugal: do autoritarismo à democracia 
2.1. Imobilismo político e crescimento económico do pós--guerra a 1974
 - Estagnação do mundo rural; emigração. Surto industrial e urbano; fomento económico nas colónias.
 - A radicalização das oposições e o sobressalto político de 1958; a questão colonial
 - soluções preconizadas, luta armada, isolamento internacional.
 - A “primavera marcelista”: reformismo político não sustentado; o impacto da guerra colonial.
 2.2. Da Revolução à estabilização da democracia
 - O Movimento das Forças Armadas e a eclosão da Revolução.
 - Desmantelamento das estruturas de suporte do Estado Novo; tensões político-ideológicas na sociedade e no interior do movimento revolucionário; política económica anti-monopolista e intervenção do Estado nos domínios económico e financeiro. A opção constitucional de 1976.
 - O reconhecimento dos movimentos nacionalistas e o processo de descolonização.
 - A revisão constitucional de 1982 e o funcionamento das instituições democráticas.
 2.3. O significado internacional da revolução portuguesa.
 3. As transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século XX
- A importância dos pólos culturais anglo-americanos. A reflexão sobre a condição humana nas artes e nas letras. O progresso científico e a inovação tecnológica.
 - A evolução dos media: os novos centros de produção cinematográfica; o impacto da TV e da música no quotidiano; a hegemonia de hábitos socioculturais norte-americanos.
 - Alterações na estrutura social e nos comportamentos: a terciarização da sociedade; os anos 60 e a gestação de uma nova mentalidade
 - procura de novos referentes ideológicos, contestação juvenil, afirmação dos direitos da mulher

PLANIFICAÇÃO: MÓDULO 7 – CRISES, EMBATES IDEOLÓGICOS E MUTAÇÕES CULTURAIS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX

1º Período  31 aulas de 90 minutos
MÓDULO 7 – CRISES, EMBATES IDEOLÓGICOS E MUTAÇÕES CULTURAIS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
 1. As transformações das primeiras décadas do século XX
1.1. Um novo equilíbrio global
 - A geografia política após a Primeira Guerra Mundial. A Sociedade das Nações. 
- A difícil recuperação económica da Europa e a dependência em relação aos Estados Unidos.
 1.2. A implantação do marxismo-leninismo na Rússia: a construção do modelo soviético.
 1.3. A regressão do demoliberalismo
 - O impacto do socialismo revolucionário; dificuldades económicas e radicalização dos movimentos sociais; emergência de autoritarismos.
 1.4. Mutações nos comportamentos e na cultura
 - As transformações da vida urbana e a nova sociabilidade; a crise dos valores tradicionais; os movimentos feministas.
 - A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas.
 - As vanguardas: rupturas com os cânones das artes e da literatura.
 1.5. Portugal no primeiro pós-guerra
 - As dificuldades económicas e a instabilidade política e social; a falência da 1ª República.
 - Tendências culturais: entre o naturalismo e as vanguardas.
2. O agudizar das tensões políticas e sociais a partir dos anos 30
2.1. A grande depressão e o seu impacto social
 2.2. As opções totalitárias
- Os fascismos, teoria e práticas: uma nova ordem nacionalista, anti-liberal e anti-socialista; elites e enquadramento das massas; o culto da força e da violência e a negação dos direitos humanos; a autarcia como modelo económico.
 - O estalinismo: planificação da economia, colectivização dos campos, burocratização do partido; repressão
2.3. A resistência das democracias liberais
 - O intervencionismo do Estado.
 - Os governos de Frente Popular e a mobilização dos cidadãos.
 2.4. A dimensão social e política da cultura
 - A cultura de massas e o desejo de evasão; os grandes entretenimentos colectivos; os media, veículo de modelos socioculturais.
 - As preocupações sociais na literatura e na arte; o funcionalismo e o urbanismo.
 - A cultura e o desporto ao serviço dos Estados.
 2.5. Portugal: o Estado Novo
 - O triunfo das forças conservadoras; a progressiva adopção do modelo fascista italiano nas instituições e no imaginário político.
- Uma economia submetida aos imperativos políticos: prioridade à estabilidade financeira; defesa da ruralidade; obras públicas e condicionamento industrial; a corporativização dos sindicatos. A política colonial.
 - O projecto cultural do regime.
 3. A degradação do ambiente internacional
- A irradiação do fascismo no mundo.
 - As hesitações face à Guerra Civil de Espanha;
 - A aliança contra o imperialismo do eixo nazi-fascista;
 - A mundialização do conflito e a vitória dos aliados.

terça-feira, 17 de julho de 2012

INTERPRETAR DOCUMENTOS ESCRITOS


Interpretação de documentos escritos

            Informação
            Os documentos escritos que vais encontrar nos teus manuais podem ser da própria época que se está a estudar [documentos históricos] ou de uma época posterior àquela, mas que a ela se refere (documento historiográfico). É através dos documentos históricos que se reconstrói o passado. Os documentos escritos incluídos nos teus manuais ajudam-te a construir os conhecimentos. É necessário, portanto, saberes interpretá-los, ou seja, extrair deles toda a informação possível. Sugerimos, então, as seguintes etapas de: exploração e a procura dos seguintes elementos:
            a) Título
            Aparece, regra geral, ao cimo do texto, é atribuído normalmente pelos autores do manual e transmite-nos o assunto ou a ideia geral do documento.
            b) Fonte
            Surge ao fundo do texto e indica, por norma, o autor, o título da obra de onde foi reti­rada e a data.
                c) Localização
            A localização diz respeito ao tempo (data) e ao espaço (localidade). A data pode ser indicada através do milénio, século ou ano em que o documento foi escrito. Por vezes a localização só aparece, de forma indirecta, no conteúdo do texto, sendo necessário, portanto, fazer a sua leitura para a descobrirmos.
            d) Leitura do texto
Durante a leitura, podes sublinhar, a lápis, as palavras ou expressões que não com­preendes, a fim de procurares o seu significado num dicionário ou perguntares ao teu professor. Os parêntesis – (…) - significam que o texto original foi aí cortado para melhor se adaptar à sua função didáctica. Quando os documentos se apresentaram de difícil compreensão, optou-se por uma versão adaptada. Nesse caso aparece, a seguir à fonte, a palavra adaptado.
            e) Registo
            Registo dos nomes, datas, localidades e conceitos que sobressaem no texto. Verifica quais desses registos já te são familiares e quais os que são novos para ti.
            f) Resumo
            Resumo das principais ideias do texto.
            Podes destacar a ideia geral do texto e, depois, subdividi-la nas principais ideias.
            g) Contributo
            Do texto para o alargamento dos teus conhecimentos.

ANÁLISE DE DOCUMENTOS ESCRITOS
1. Vantagens da utilização do documento escrito na aula de História ajuda o aluno a desenvolver o espírito de observação, estimula a pesquisa, desperta a curiosidade, fomenta a criatividade e fortalece o sentido crítico; contribui para ultrapassar a tendência verbalista e predominantemente informativa do ensino; ajuda o aluno a organizar-se.
2. Critérios para a escolha de documentos escritos: de acordo com os objectivos de aprendizagem definidos; tem de estar ligado aos conteúdos a estudar; em função do nível etário dos alunos; não ser muito longo, nem muito complexo; deve ser um documento rico em informação. O documento deve ser sempre fornecido ao aluno, ou através do seu manual, ou fotocopiado, ou ainda projectado.
3. Classificação dos documentos escritos didácticos documento histórico - que pertence à própria época que se está a estudar. documento historiográfico - que é de uma época posterior àquela que se está a estudar, mas que a ela se refere. Por vezes, os documentos apresentam-se de difícil compreensão e quando assim acontece, muitas vezes, estes aparecem em versão adaptada. O documento escrito didáctico pode então ser uma reprodução do original ou ser sujeito a adaptações para se tornar mais acessível aos alunos. Os documentos escritos históricos subdividem-se nos seguintes tipos:
-documentos pontuais:
objectivos :- fontes jurídicas e administrativas
subjectivos :- fontes literárias e historiográficas
- documentos seriais:
- objectivos - registos paroquiais, inquisições gerais, listas nominais, fontes fiscais.
-subjectivos - testamentos, imprensa, róis de confessados, cadernos de "agravos".
4. Etapas de análise dos documentos escritos A metodologia do tratamento de um documento histórico ou historiográfico difere da utilizada na literatura.
1.ª etapa - Título - transmite-nos a ideia geral do documento e é normalmente atribuído pelos autores do manual.
2.ª etapa - Fonte - geralmente, indica o autor, título da obra de onde foi retirado e a data.
3.ª etapa - Classificação do documento - a natureza do documento se é histórico ou documento historiográfico.
4.ª etapa - Localização espacio-temporal - data em que o documento foi escrito e a sua localidade, normalmente, só aparece no conteúdo do texto, de forma indirecta.
5.ª etapa - Leitura do documento - durante a leitura do documento, o aluno deve sublinhar as palavras que não compreende e registar conceitos, nomes, datas e localidades que sobressaem do documento. De seguida, o professor deve esclarecer o significado das palavras ou expressões que o aluno desconhece.
6.ª etapa - Resumo do documento - levar os alunos a captar as ideias dominantes do texto; compreender a estrutura do texto e delimitar as suas partes.
7.ª etapa - Comentário - relacionar o texto com o conhecimento da época, dentro dos limites temáticos e cronológicos. Deverá ser claro e ordenado. Alude-se, ainda, ao interesse e valor do documento. O professor deve ensinar o aluno a estar atento para procurar distinguir os factos ou acontecimentos referidos, das opiniões ou interpretações feitas pela pessoa que escreveu a informação, pois sobre o mesmo assunto ou acontecimento da mesma época podemos ter visões diferentes. As circunstâncias em que o documento foi escrito e as opiniões dos seus autores, podem influenciar a nossa interpretação da informação. Desta forma, documento contribui para o alargamento dos conhecimentos históricos do aluno.
8.ª etapa - Crítica - questionar autenticidade e objectividade do documento, se possível, comparando com documentos análogos. O professor deve levar o aluno a ter uma atitude crítica perante aquilo que lê - verificar qual a origem da informação, pensar noutras possíveis opiniões, etc.