sexta-feira, 25 de julho de 2014

Parecer sobre a prova de exame nacional de História A – 623- – 2ª fase – 2013/2014 –

Parecer sobre a prova de exame nacional de História A – 623
– 2ª fase – 2013/2014 –
- APH -
A prova de História A do Ensino Secundário da 2ª fase segue de perto a estrutura da  prova da 1ª fase, respeitando assim a Informação-Exame.
As questões incidem sobre os  conteúdos de aprofundamento dos módulos 4 e 6 do 11º e dos módulos 7 e 8 dos 12º anos, com maior peso para os conteúdos relativos ao 12º ano, sendo os documentos utilizados  adequados às questões colocadas.
Considera-se, no entanto, que os itens de seleção, sobretudo os de ordenação e de associação, podiam estar mais diretamente relacionados com a interpretação e análise das fontes apresentadas.
 Tal como na prova da 1ª fase os critérios de classificação estão bem estruturados, respeitando-se uma maior abrangência do leque de respostas, apesar de se continuar a considerar que nalguns itens de composição os tópicos propostos na resposta vão além da interpretação possível a partir das fontes.
A Associação de Professores de História
Lisboa, 21 de julho de 2014

quarta-feira, 23 de julho de 2014

PORTUGAL: DO ESTABELECIMENTO DA DEMOCRACIA À INTEGRAÇÃO EUROPEIA

Documento 1

A opção europeia – perspetiva de Álvaro Cunhal (1980) 

É uma visão idílica imaginar que o Mercado Comum é uma associação de países ricos filantrópicos prontos a «ajudar» os países mais atrasados.
[…] Os países do Mercado Comum defendem os seus interesses próprios e a esses interesses estão prontos a sacrificar os interesses dos outros países.
Quando defendem ou admitem o alargamento do Mercado Comum a Portugal, Espanha e Grécia, não é para ajudarem os países que estão fora, mas para que a entrada desses países sirva os interesses dos nove que já lá estão dentro.
[…] Procuram apresentar o Mercado Comum como uma zona de desenvolvimento, de progresso, de bem-estar e de pleno emprego. Em vez de desenvolvimento harmonioso, equilibrado e progressivo, acentua-se a desigualdade do desenvolvimento, a estagnação, a recessão em importantes sectores e a queda progressiva da taxa de desenvolvimento geral. […] Com os problemas existentes no Mercado Comum, a integração de Portugal faria pesar sobre o nosso país numerosos fatores da crise […].
O Mercado Comum procuraria fazer estagnar, submeter, absorver ou liquidar sectores da economia portuguesa concorrentes com os sectores em crise no Mercado Comum [...] e procuraria apropriar-se dos recursos portugueses. Uma tal associação em termos de desigualdade e sem reciprocidade de vantagens não interessa a Portugal. Por isso mesmo estamos contra.
[…] Nós, comunistas, não aceitamos que as decisões acerca dos problemas nacionais caibam ao imperialismo, caibam ao estrangeiro. Quanto mais se aprofunda o estudo e a análise, mais se fortalece a certeza de que a integração de Portugal […] representaria a […] restauração dos monopólios.

Documento 2

A opção europeia – perspetiva de Mário Soares (1985) 

Para Portugal, a adesão à CEE representa uma opção fundamental por um futuro de progresso e de modernidade. Mas não se pense que seja uma opção de facilidade.
Exige muito dos portugueses, embora lhes abra simultaneamente largas perspetivas de desenvolvimento.
Por outro lado, constitui a consequência natural do processo de democratização da sociedade portuguesa, iniciado com a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, e igualmente da descolonização que se lhe seguiu, feita com atraso de vinte anos em relação aos outros países europeus [...].
A tarefa primordial que nos ocupará a partir de agora será a de reduzirmos cada vez mais a distância que ainda nos separa dos países desenvolvidos da Europa, criando para os portugueses padrões de vida e de bem-estar verdadeiramente europeus.
[…] Principais beneficiários da integração europeia, os jovens terão agora de saber mobilizar-se para a grande tarefa nacional do desenvolvimento e da modernização, por forma a que Portugal venha a ser não só terra de liberdade, de convivência cívica e de tolerância, mas também um espaço de prosperidade, de desenvolvimento científico e tecnológico e de justiça social.
Honro-me de ter sido quem assinou, em nome do governo da República, o pedido de adesão de Portugal à CEE, em março de 1977.
[…] Nas mãos […] de todos os portugueses […] está o futuro de Portugal, para cuja construção não faltarão, a partir de agora, os estímulos e as ajudas necessárias. Não estamos mais isolados. A solidariedade europeia não nos faltará, como hoje aqui ficou comprovado com a presença de qualificados representantes de todos os Estados da Comunidade.

Cartazes:Plano Marshall

Cartaz alemão (1950)
Concurso promovido pelo Plano Marshall, 
com o tema Cooperação Intereuropeia
 ERP European Reunification Program
ERP: European Recovery Program, 


















Vítimas do campo de concentração de Auschwitz (1940-1945)

 Forno crematório, no campo de Auschwitz.
Ao lado, corpo de um prisioneiro
sendo colocado num desses fornos.
Fornos crematórios
Auschwitz
Campo de concentração
em Oswiecim, Polónia
Portão principal de Auschwitz I
 onde se lê a frase
 "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta").





Prisioneiros libertados pelos soviéticos em 
27 de janeiro de 1945.




Josef Mengele foi um médico alemão que se tornou
 conhecido por ter atuado durante o regime nazista. 
O apelido de Mengele era Beppo, mas ele era conhecido como 
Todesengel, "O Anjo da Morte", no campo de concentração à esquerda) 
é fotografado em Auschwitz em 1944. 
À sua direita estão Rudolf Hoess e Josef Kramer,
 os comandantes supremos dos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau

Expansão territorial da Alemanha (de janeiro de 1935 a março de 1939)

Extensão do Terceiro Reich em 1943.
Em vermelho, os limites da Alemanha em 
1933

quando Hitler chegou ao poder; em roxo, 
áreas anexadas antes da Segunda Guerra Mundial
em marrom, áreas anexas antes de 1943.
As regiões pretendidas e conquistadas 
por Hitler em 1939