quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O embrião do 25 de Abril:

A 28 de Agosto de 1973 dá-se a eleição da primeira comissão do "Movimento dos Capitães", constituída pelos Capitães Almeida Coimbra, Matos Gomes, Duran Clemente e António Caetano. 
Tiveram várias reuniões clandestinas, dentro e fora de Portugal metropolitano, destacando-se a de Bissau em 21 de Agosto de 1973 e a de 9 de Setembro de 1973, em Monte Sobral, dia em que oficialmente nasce o MFA (Movimento das Forças Armadas), com a presença de 95 Capitães, 39 Tenentes e 2 Alferes. 
 Os «Capitães de Abril», tinham várias tendências políticas (mas mais inclinadas para a esquerda) e, segundo o «Programa do MFA», alegavam que pretendiam «acabar com as Guerras Coloniais que se arrastavam há 13 anos, abolir a censura e a PIDE/DGS, instaurar uma melhor justiça social, acabar com monopolismos, e providenciar eleições livres e uma Constituição nova» 
 A 24 de Setembro de 1973 a Guiné Bissau proclama unilateralmente a independência, que será confirmada por Portugal a 10/9/1974 após o Acordo de Argel de 29/8/1974. 
 5 de Março de 1974: 
Reunião de cerca de 200 oficiais dos três ramos das Forças Armadas, em Cascais, no atelier do arquitecto B. Reis. 
O MFA distribui discretamente o documento 
Os Militares, as Foças Armadas e a Nação, criticando o governo e implicitamente incitando o país à revolta. 
 14 de Março de 1974: 
 Marcelo Caetano recebe Oficiais-Generais dos três ramos das Forças Armadas, na célebre reunião alcunhada de «Brigada do Reumático», para se assegurar do apoio dos militares contra uma suspeitada conspiração.
Spínola e Costa Gomes recusam-se a comparecer, e são demitidos dos altos cargos militares que ocupavam. 
 16 de Março de 1974: 
Tentativa de golpe militar. Às 04h00 da madrugada, uma coluna do Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha marcha sobre Lisboa. 
É intersectada e o golpe falha, sendo presos cerca de 200 militares.
 24 de Março de 1974: 
o MFA decide que é necessário uma revolução militar mais alargada para derrubar o governo de Caetano e começou a infiltrar a ritmo acelerado, instituições governamentais dentro e fora do meio militar e da própria DGS/PIDE, aliciando homens de confiança em posições-chave.

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