quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

PRISÃO DE PENICHE

Quando algum político fazia alguma ameaça, ou lançasse qualquer suspeita ao partido da União Nacionalista era imediatamente preso. A prisão mais “forte” era a de Peniche para onde todos os políticos ameaçadores eram levados. 
 Nestas prisões impunham-se regras das mais rígidas alguma vez se viu. As regras eram bem explícitas. 
 Não era permitida a partilha de qualquer objecto; 
Os prisioneiros não podiam comunicar de forma alguma; 
Nestes locais não deixava de haver concerteza a censura à correspondência, em que algo que se parecesse suspeito, ou que falasse de política bem ou mal era certamente riscado, de maneira a que o prisioneiro não podesse ver de forma alguma. 
As visitas eram sempre visionadas com a presença de um guarda. No parlatório onde se recebiam estas, o prisioneiro e o familiar eram separados através de um vidro, para evitar a troca de objectos e obrigar as pessoas a falarem alto para os guardas poderem ouvir. Quando algum preso não cumpria alguma desta e de outras regras, era levado para o Segredo. Um local onde os presos eram isolados e aí impunham-se as torturas como o espancamento constante, sono, isolamento ou estatua. 
 Tiram este local os prisioneiros tinham ocupações, como estudar, embora a única e simples coisa que podiam estudar eram as línguas, como o inglês, a francês, o alemão, e podiam ler romances, nada de políticas. 
Nesta prisão vários políticos entre eles: Álvaro Cunhal, Carlos Costa, Francisco Martins, Jaime Serra, Pedro Soares, Rogério de Carvalho, etc. .. 
 Todos estes políticos mencionados fugiram, Dias Lourenço foi o único que fugiu por si, sem dizer nada a ninguém, os outros fugiram com a ajuda de um guarde e de do partido comunista.

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