Temos de fazer face a tarefas inadiáveis. Enquanto as Forças Armadas sustentam o combate na Guiné, em Angola e Moçambique (...) não nos é lícito afrouxar a vigilância na retaguarda. (...) Disse há pouco da minha preocupação imediata em assegurar a continuidade. (...) Mas continuar implica uma ideia de movimento de sequência e de adaptação. A fidelidade à doutrina brilhantemente ensinada pelo doutor Salazar não deve confundir-se com o apego obstinado a fórmulas ou soluções que ele algum dia haja adoptado. (...) A consequência das grandes linhas da política portuguesa (...) não impedirá, pois, o Governo de proceder, sempre que seja oportuno, às reformas necessárias.
Marcello Caetano, Discurso de posse como presidente do Conselho de Ministros, em 27 de setembro de 1968
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