segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

ESTADO NOVO: CARACTERIZAÇÃO

Siderurgia Nacional
 Num país de exacerbado ruralismo, a indústria não constituiu prioridade para o Estado

 Principais medidas de desenvolvimento na década de 1950

 Arranque de determinados sectores tradicionais:
 Indústria cimenteira ~
 Refinação dos petróleos
 Construção naval
 Adubos químicos
 Energia eléctrica.
 Favoreceu a concentração e os monopólios (CUF)
 Deficiente de rede de comunicações.
 Progressos tecnológicos arcaicos.
 Dependência de importações.
 Falta de iniciativa privada.
 Manutenção de salários baixos.

A política de obras públicas

 Estádio Nacional
 Propaganda ao programa de Obras Públicas
 Ponte Salazar
 Objetivos do regime: 
 Projecção de imagem nacional e internacional. 
Resolução dos problemas de desemprego. 
 Obras realizadas:
1. Desenvolvimento da rede de transportes.
2. Desenvolvimento da rede telefónica nacional.
3. Edificação de grandes complexos desportivos. 
4. Construção de edifícios públicos [Monumentos].
 As grandes obras do regime: 
- Auto estrada – Lisboa/Vila Franca de Xira 
- Ponte de Salazar 
-Ponte da Arrábida
 Destacou-se a figura de Duarte Pacheco, nos anos 30 e 40. na construção das obras públicas.
Ponte Salazar

Campanha do Vinho
DEFESA DA RURALIDADE
Campanha do Trigo

 O Estado Novo privilegiou o mundo rural, porque nele se preservava o que de melhor tinha o povo português.

 Construção de inúmeras barragens
 – melhor irrigação dos solos
 A Junta de Colonização Interna fixou população em algumas áreas do interior Politica de Arborização por parte do Estado melhorou alguns terrenos
 Fomentou-se a cultura da vinha 
– crescimento da produção vinícola
 Alargaram-se também as produções de arroz, batata, azeite, cortiça e frutas.
 Nenhuma das medidas tomadas em beneficio da agricultura teve a projecção da Campanha do Trigo (1929-37).
 O crescimento significativo da produção cerealífera conseguiu a autossuficiência do país, forneceu a produção de adubos e de maquinaria agrícola e deu emprego a milhares de portugueses.
- Uma economia submetida aos imperativos políticos: 
prioridade à estabilidade financeira;
defesa da ruralidade; obras públicas e condicionamento industrial;
a corporativização dos sindicatos.
 A política colonial. 
 Propaganda à política financeira do Estado Novo
 -Política financeira e o dirigismo económico do Estado Novo.
 A estabilidade financeira converteu-se na prioridade de Salazar e do Estado Novo. .
Proteccionismo e dirigismo, com vista à auto-suficiência. .
Política de limitação de despesas e lançamento de impostos. .
A neutralidade durante a guerra favoreceu: o comércio externo.
As necessidades dos países envolvidos na guerra: têxteis, volfrâmio, indústrias de conservas, aumentaram as reservas de ouro e o escudo ganhou prestígio no quadro financeiro.
 Aumentaram-se as tarifas alfandegárias sobre importações.
 Sob o lema de diminuir as despesas e aumentar as receitas, Salazar conseguiu o tão esperado equilíbrio orçamental 
-As reservas de ouro atingiram um nível significativo, permitindo a estabilidade monetária.
 Apelidada de “milagre” a estabilização financeira granjeou ao Estado Novo uma imagem de credibilidade e competência governativa.

O APARELHO REPRESSIVO DO ESTADO


 A censura prévia aos média abrangeu assuntos políticos, militares, religiosos e morais, assumindo o carácter de uma ditadura intelectual
Campo de concentração Tarrafal
 Ao “lápis azul” da censura, cabia a proibição da difusão de palavras ou imagens “subversas” para a ideologia do Estado Novo
 A Polícia Politica – Policia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE) – Distinguiu-se por perseguir, torturar e matar opositores ao regime.

O ENQUADRAMENTO DAS MASSAS

 Conjunto de instituições e processos que enquadraram as massas, obtendo a sua adesão ao projecto do regime ( inculcação ideológica).
 1933 - Secretariado da Propaganda Nacional 
Papel ativo na divulgação do ideal do regime e na padronização da cultura e das artes (a criação artística obedecia a padrões impostos pelo regime) Propaganda União Nacional 1930- União Nacional para congregar “todos os portugueses de boa vontade” e apoiar as actividades políticas do governo. 
Em 1934 a União Nacional é transformada em Partido Único. (Proibição de todos os partidos políticos)
 Obrigou-se o funcionalismo público a fazer prova da sua fidelidade ao regime através de um juramento 
Legião Portuguesa - Destinada a defender o “património espiritual da Nação”, o Estado corporativo e a ameaça bolchevista
Mocidade Portuguesa – destinava-se a formar ideologicamente a juventude, incutindo-lhes valores nacionalistas e patrióticos. Controlou-se o ensino, especialmente ao nível do primário e secundário, expulsaram -se professores opositores ao regime e adoptou-se o livro único.
 Obra das Mães 
 1936 - Obra das mães para a Educação Nacional destinada à formação das futuras mulheres e mães.
 1935 - Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT) – destinava-se a controlar os tempos livres dos trabalhadores, criando actividades recreativas e “educativas” seguindo a moral do regime. 
Política do Espírito António Ferro

A RECUSA DO LIBERALISMO, DA DEMOCRACIA E DO PARLAMENTARISMO 

 O Estado Novo afirmou-se antiliberal, antidemocrático e antiparlamentar
 Segundo Salazar, a nação era um todo orgânico e não um conjunto isolado de indivíduos.
 - Os interesses da nação sobrepõem-se aos interesses dos indivíduos 
- Os partidos políticos constituíram um elemento desagregador da Unidade da Nação e um factor de enfraquecimento do Estado.
 Política de partido único. Para Salazar, só a valorização do poder executivo garantia um Estado Forte e Autoritário.
 Foi subalternizado o poder legislativo, sobressaía era a figura do presidente do conselho.
 Salazar encarnou a figura do chefe providencial, intérprete supremo do interesse Nacional.
 Tal como em Itália, a consolidação do Estado Novo passou também pelo Culto do Chefe, que fez de Salazar “Salvador da Pátria” .

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