A crise do estado-nação |
- O debate do Estado-Nação; a explosão das realidades étnicas; as questões transnacionais: migrações, segurança, ambiente.
O debate do Estado-Nação
O Estado-Nação surge como um dos principais legados do liberalismo no século XIX. No século XX, os Estados-Nação registam uma expansão planetária, tornando-se o elemento estruturador da ordem política internacional. Reconhecem, todavia, os especialistas que a fórmula do Estado-Nação, considerada modelo de organização política mais coerente do ponto de vista jurídico e mais justo, se revela hoje ineficaz, face aos desafios que a nova ordem internacional provoca. Um conjunto de factores determina a crise do Estado-Nação.
São forças desintegradoras a nível local e regional:
· os conflitos étnicos;
· nacionalismos separatistas (basco e catalão);
· crescente valorização das diferenças e especificidades de grupos e indivíduos;
· no plano supranacional, os processos de integração económica e política afetam a confiança dos cidadãos nas capacidades dos estado-nação para assumir as suas responsabilidades;
· os mecanismos de funcionamento de uma economia globalizada criaram fluxos financeiros a nível global que escaparam ao controlo e à fiscalidade dos estado-nação;
· questões transnacionais como a emergência do terrorismo e da criminalidade internacional também contribuíram para a crise dos estado-nação. Mais do que nunca, mostram-se necessários os esforços concertados de autoridades supra e transnacionais para responder aos complexos desafios de um novo mundo.
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