"Várias vezes a União Soviética, pela boca de Kruschev, afirmou em declarações solenes (basta ver o documento do 30 de Outubro de 1956 ou as motivações alegadas para a criação, em 1955, do Pacto de Varsóvia) que já não cairia nos erros e nas deformações do passado. Já em 1956 a intervenção na Hungria significou uma volta à linha da fortaleza e da obrigatoriedade da eleição de um dos campos. A intervenção na Hungria teve, pois um papel negativo ao bloquear um processo real que estava em marcha desde a Polónia até à China. A sua finalidade era que as democracias populares recuperassem plenamente a sua identidade nacional, tão gravemente frustrada nos anos anteriores. (...)
De qualquer modo não há dúvida de que com Kruschev a política da URSS estava dominada pela ideia de que a União Soviética podia e devia mediar-se com os Estados Unidos no terreno da coexistência pacífica, assumida como estratégia política, de igual para igual, sem complexos de inferioridade.
Foi com os sucessores de Kruschev com quem a URSS teve de enfrentar-se e com resultados tão graves, para os problemas não resolvidos que derivavam de tudo o que ainda subsistia do estalinismo, sobretudo no XX Congresso."
Adaptado de Historia 16, Año XV, nº 169
Adaptado de Historia 16, Año XV, nº 169
Sem comentários:
Enviar um comentário