As potências coloniais europeias libertaram as antigas colónias e o Estado Novo viu-se obrigado a rever a sua política colonial e a procurar soluções para o futuro do império .
Soluções Preconizadas
1. A “mística do império” é substituída pela ideia da “singularidade da colonização portuguesa”. Capacidade de adaptação à vida nas regiões tropicais,miscigenação e à fusão de culturas. Esta teoria, conhecida como luso-tropicalismo, serviu para individualizar a colonização portuguesa, retirando-lhe o carácter opressivo .
2. A estas características acrescentava-se o papel histórico de Portugal como nação evangelizadora.
3. No campo jurídico - em vez de colónias, passava a falar-se de “Províncias Ultramarinas” e em vez de Império Português falava-se em “Ultramar Português”. A nível interno, a presença portuguesa em África não sofreu praticamente contestação até ao início da guerra colonial (exeto o Partido Comunista Português). Esta quase unanimidade de opiniões modificou-se com o nício da luta armada em Angola, em 1961.
2 teses divergentes entraram em conflito : a integracionista e a federalista. A integracionista Ultramar plenamente integrado no Estado português; a federalista considerava não ser possível persistir na mesma via. Defendia a progressiva autonomia das colónias e a constituição de uma federação de Estados que salvaguardasse os interesses portugueses.
A luta armada Movimentos de libertação
Em Angola, em 1955, UPA (União das Populações de Angola) que se transforma na FNLA (Frente de Libertação de Angola); o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) forma-se em 1956; e a UNITA (União para a Independência Total de Angola) surge em 1966. ·
Em Moçambique, FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) criada em 1962. ·
Na Guiné, PAIGC (Partido para a Independência da Guiné e Cabo Verde) em 1956. Março de 1961 - confrontos no Norte de Angola com ataques da UPA a várias fazendas e postos administrativos portugueses. Em 1963, o conflito alastrou à Guiné 1964 - Moçambique Abriram-se três frentes de combate, que exigiram de Portugal um grande esforço: o país mobilizou 7% da sua população ativa e despendeu, na defesa, 40% do Orçamento Geral do Estado. O isolamento internacional A questão das colónias ganhou dimensão aquando da entrada do nosso país na ONU, em 1955. Portugal recusou-se a admitir que as disposições da Carta relativas à administração de “territórios não-autónomos” lhe fossem aplicadas, argumentando que no caso português os "territórios não autónomos" eram as províncias ultramarinas . Este argumento não foi aceite. Esta foi a primeira de uma série de derrotas que foram isolando os Portugueses. Em 1961 as Nações Unidas, condenaram Portugal pelo persistente não cumprimento dos princípios da Carta e das resoluções aprovadas. Estas disposições repetiram-se insistentemente, com apelos claros a Portugal para que reconhecesse o direito à autodeterminação das colónias africanas. O não cumprimento das disposições da ONU, desprestigiaram Portugal, que foi excluído de vários organismos das Nações Unidas e alvo de sanções económicas por parte de diversas nações africanas. Para além das dificuldades que lhe foram colocadas na ONU, Portugal viu-se a braços, no inicio dos anos 60, com a hostilidade da administração americana.
Soluções Preconizadas
1. A “mística do império” é substituída pela ideia da “singularidade da colonização portuguesa”. Capacidade de adaptação à vida nas regiões tropicais,miscigenação e à fusão de culturas. Esta teoria, conhecida como luso-tropicalismo, serviu para individualizar a colonização portuguesa, retirando-lhe o carácter opressivo .
2. A estas características acrescentava-se o papel histórico de Portugal como nação evangelizadora.
3. No campo jurídico - em vez de colónias, passava a falar-se de “Províncias Ultramarinas” e em vez de Império Português falava-se em “Ultramar Português”. A nível interno, a presença portuguesa em África não sofreu praticamente contestação até ao início da guerra colonial (exeto o Partido Comunista Português). Esta quase unanimidade de opiniões modificou-se com o nício da luta armada em Angola, em 1961.
2 teses divergentes entraram em conflito : a integracionista e a federalista. A integracionista Ultramar plenamente integrado no Estado português; a federalista considerava não ser possível persistir na mesma via. Defendia a progressiva autonomia das colónias e a constituição de uma federação de Estados que salvaguardasse os interesses portugueses.
A luta armada Movimentos de libertação
Em Angola, em 1955, UPA (União das Populações de Angola) que se transforma na FNLA (Frente de Libertação de Angola); o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) forma-se em 1956; e a UNITA (União para a Independência Total de Angola) surge em 1966. ·
Em Moçambique, FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) criada em 1962. ·
Na Guiné, PAIGC (Partido para a Independência da Guiné e Cabo Verde) em 1956. Março de 1961 - confrontos no Norte de Angola com ataques da UPA a várias fazendas e postos administrativos portugueses. Em 1963, o conflito alastrou à Guiné 1964 - Moçambique Abriram-se três frentes de combate, que exigiram de Portugal um grande esforço: o país mobilizou 7% da sua população ativa e despendeu, na defesa, 40% do Orçamento Geral do Estado. O isolamento internacional A questão das colónias ganhou dimensão aquando da entrada do nosso país na ONU, em 1955. Portugal recusou-se a admitir que as disposições da Carta relativas à administração de “territórios não-autónomos” lhe fossem aplicadas, argumentando que no caso português os "territórios não autónomos" eram as províncias ultramarinas . Este argumento não foi aceite. Esta foi a primeira de uma série de derrotas que foram isolando os Portugueses. Em 1961 as Nações Unidas, condenaram Portugal pelo persistente não cumprimento dos princípios da Carta e das resoluções aprovadas. Estas disposições repetiram-se insistentemente, com apelos claros a Portugal para que reconhecesse o direito à autodeterminação das colónias africanas. O não cumprimento das disposições da ONU, desprestigiaram Portugal, que foi excluído de vários organismos das Nações Unidas e alvo de sanções económicas por parte de diversas nações africanas. Para além das dificuldades que lhe foram colocadas na ONU, Portugal viu-se a braços, no inicio dos anos 60, com a hostilidade da administração americana.
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