sábado, 28 de dezembro de 2013

NACIONALISMOS E CONFLITOS POLÍTICOS E RELIGIOSOS NO MÉDIO ORIENTE

O Médio Oriente tem apresentado um elevado grau de conflitualidade devido à coexistência de povos com características étnicas, políticas e religiosas diferentes. 
Nesta região nasceram as três principais religiões monoteísta: 
o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. 
Após o fim da2ª Guerra Mundial esta parte do mundo tem vivido um elevado grau de conflitualidade. Já falámos das circunstâncias em que se formou o Estado de Israel, em que este aumentou a sua área em um terço ao que estava inicialmente previsto e como logo após a sua formação teve início a primeira guerra israelo-árabe.
 Os palestinianos no entanto recusaram reconhecer o estado de Israel, considerando este como uma intrusão no seu território. 
Assim permaneceram focos de conflito e de guerrilha como aconteceu na segunda guerra israselo-árabe aquando do conflito do Suez (1956). 
Em 1967 ocorre a terceira guerra israelo-árabe também conhecida por Guerra dos Seis Dias
Depois deste conflito Israel quase duplicou o seu território ocupando o Sinai, a Cisjordânia, os Montes Golã e Jerusalém oriental. 
Em 1973, na chamada Guerra do Yon Kippur, o presidente egípcio Anwar el Sadat tenta resolver a crise económica e restaurar o prestígio egípcio invadindo juntamente com a Síria Israel que desta vez teve mais dificuldades para vencer esta quarta guerra israelo-árabe. 
Como a Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU não tivera resultados práticos em relação à devolução por parte de Israel dos territórios árabes ocupados por si ocupado. 
Mesmo assim o Egipto conseguira recuperar uma parte dos territórios perdidos em 1967, o que permitiu ao presidente Sadat criar condições para iniciar as conversações com Israel sob a égide dos Estados Unidos. 
Em 1977, o mundo ficou surpreendido com o anúncio de Sadate que estaria disposto a iniciar negociações com Israel. 
Iniciam-se negociações com a visita a Jerusalém em 1977 do presidente egípcio e posteriormente a visita a Camp David onde o empenhamento do presidente dos Estados Unidos James Carter possibilitou a assinatura dos Tratados de Camp David.
Foram assinados dois acordos: o primeiro estabelecia a paz entre o Egipto e Israel, a evacuação da Península do Sinai por parte de Israel e o reconhecimento do Estado de Israel por parte do Egipto. O segundo, mais vago, previa um regime de autonomia para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza e a abertura de negociações com a Jordânia e o povo da Palestina. Este acordo teve como consequência a expulsão do Egipto da Liga Árabe. 
 A Organização de Libertação da Palestina (OLP) criada em 1964 e liderada por Yasser Arafat desde 1965 até 2004 é reconhecida na cimeira de Rabat em 1974 como a única e legítima representante do povo palestiniano. 
Arafat é convidado a falar na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde a OLP obtém o estatuto de observador e o reconhecimento do direito à autodeterminação, independência e soberania do povo da Palestina. 
Depois de vários desentendimentos na Jordânia e no Líbano, Israel invade este último país em 1982 através da operação Paz na Galileia para aniquilar as bases da OLP. 
Os elevados custos humanos desta guerra, onde morrem centenas de civis, a condenação internacional, devido ao massacre de cerca de 1500 palestinianos com a cumplicidade do exército israelita, leva à progressiva retirada do exército israelita em 1985.

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