"Nas colónias europeias, nunca deixou de haver movimentos de oposição e resistência à presença das potências coloniais. Ao longo do século XX, essa resistência foi mantida em especial pelas elites urbanas, muitas vezes com prolongados contactos com a cultura da própria metrópole. Mas foi, sem dúvida, a II Guerra Mundial que acabou por criar condições especificamente vantajosas para o crescimento dos sentimentos nacionalistas e para o questionamento das situações de dependência.
A libertação foi o conceito dominante de toda a acção das potências europeias vencedoras. A celebração da vitória da liberdade não poderia deixar de se repercutir nas colónias, até porque muitos dos seus filhos haviam contribuído, com duros custos, para essa conquista. (...) A Europa não podia esperar outra coisa que não fosse a exigência de aplicação do mesmo princípio libertador nas relações de dependência colonial. (...)
Por outro lado, as grandes potências emergentes da II Guerra Mundial, Estados Unidos da América e União Soviética, na disputa de zonas de influência, apoiaram a formação de resistências contra a presença europeia nas suas colónias."
Adaptado de Guerra Colonial, nº 2, in "Diário de Notícias".
Adaptado de Guerra Colonial, nº 2, in "Diário de Notícias".
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