terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A defesa da independência

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Samora Machel e soldados portugueses, Moçambique (1969) 

 Qual a razão dos nossos sacrifícios? Por que motivo o inimigo se mostra tão intransigente e cruel? (...) Eles dizem que nós somos uma raça inferior e atrasada, como costumes primitivos, um Povo ignorante que deve ser educado pela raça superior e avançada, cheia de bons costumes e de sabedoria. a Constituição portuguesa é civilizar os bárbaros que nós somos. Eles repetem continuamente este argumento, muito embora toda a gente veja que em Portugal há mais de 40% de analfabetos, que a miséria dos camponeses e do povo português é enorme, o seu obscurantismo não é inferior ao nosso e têm tantas ou mais superstições do que nós, embora diferentes.

 Samora Machel, Estabelecer o Poder Popular para Servir as Massas, 1974

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