Guernica foi pintado em 1937 por Picasso. O painel, executado para o pavilhão da República Espanhola na Exposição Internacional de Paris, foi inspirado no terrível bombardeamento de Guernica, a antiga capital dos Bascos, durante a Guerra Civil de Espanha. Não representa o própro acontecimento, mas evoca, por uma série de poderosas imagens, a agonia da guerra total.
JANSON, H. W., História da Arte, FCG, Lisboa, 1989 (adaptado).
O Touro – simboliza a Espanha, sua bravura, mas também a morte. Ele domina uma mulher em lágrimas, segurando nos braços o corpo inerte do filho. (à esquerda do quadro).
A Lâmpada - retrata o sol negro da melancolia como projetor que ilumina esta cena de batalha da guerra moderna.
As grandes bocas abertas, pescoços estendidos, corpos retorcidos – sugere um quadro quase sonoro: imaginam-se os gritos de pânico lançados pelas vítimas. Da mesma forma, a amplitude exagerada dos pescoços e as torções dos corpos desarticulados dão movimento à composição.
Uma figura à direita, sugere estar sendo consumida pelas chamas de um prédio em fogo.
A ausência de cor – O artista optou pelo preto e branco em sinal de luto. Essa bicromia reforça a tensão dramática da cena. E dá indiretamente uma dimensão realista à obra, no sentido cinematográfico do termo. As nuances de cinza permitem colocar sobre o mesmo plano as profundidades de campo.
O cavalo – Simboliza o povo, sua coragem, sua agonia e seu pânico. Ele pisa seguidamente sobre o corpo esquartejado de um soldado de quem se vê um braço cortado e a mão segurando uma espada - deitado na base da pintura Picasso havia criado o seu trabalho mais famoso.
Guernica não só relatou um fato histórico no sangrento do episódio da Guerra Civil Espanhola, mas também por ser a 'primeira intervenção resoluta da cultura na luta política' - segundo as palavras do crítico e historiador de arte Giulio Carlo Argan.
JANSON, H. W., História da Arte, FCG, Lisboa, 1989 (adaptado).
A SIMBOLOGIA DOS ELEMENTOS
Esta obra, em preto e branco, constitui certamente numa das obras primas da arte moderna do séc 20. Encomendada pelo governo republicano e, por isso, propriedade do governo espanhol, Guernica esteve anteriormente conservada no Museu de Arte Moderna de Nova York, pois Picasso opunha-se a que o quadro fosse exposto em seu país enquanto Franco estivesse vivo. O ditador morreu em 1975, dois anos depois de Picasso, e o quadro só seria levado à Madri em 1981. Instalado inicialmente no Museu do Prado, está exposto hoje no Centro de Arte Reina Sofia.O Touro – simboliza a Espanha, sua bravura, mas também a morte. Ele domina uma mulher em lágrimas, segurando nos braços o corpo inerte do filho. (à esquerda do quadro).
A Lâmpada - retrata o sol negro da melancolia como projetor que ilumina esta cena de batalha da guerra moderna.
As grandes bocas abertas, pescoços estendidos, corpos retorcidos – sugere um quadro quase sonoro: imaginam-se os gritos de pânico lançados pelas vítimas. Da mesma forma, a amplitude exagerada dos pescoços e as torções dos corpos desarticulados dão movimento à composição.
Uma figura à direita, sugere estar sendo consumida pelas chamas de um prédio em fogo.
A ausência de cor – O artista optou pelo preto e branco em sinal de luto. Essa bicromia reforça a tensão dramática da cena. E dá indiretamente uma dimensão realista à obra, no sentido cinematográfico do termo. As nuances de cinza permitem colocar sobre o mesmo plano as profundidades de campo.
O cavalo – Simboliza o povo, sua coragem, sua agonia e seu pânico. Ele pisa seguidamente sobre o corpo esquartejado de um soldado de quem se vê um braço cortado e a mão segurando uma espada - deitado na base da pintura Picasso havia criado o seu trabalho mais famoso.
Guernica não só relatou um fato histórico no sangrento do episódio da Guerra Civil Espanhola, mas também por ser a 'primeira intervenção resoluta da cultura na luta política' - segundo as palavras do crítico e historiador de arte Giulio Carlo Argan.