"Angola, Moçambique e Guiné são províncias de Portugal. Os seus habitantes pretos ou brancos, são portugueses. As perturbações da ordem interna, as violências lá produzidas, as agressões por guerrilhas vindas do exterior tê de ser reprimidas e repelidas pelos Portugueses. É um dever e uma responsabilidade nossos.
Pois que havíamos de fazer?
À primeira sacudidela dada por selvagens assassinos e violadores, levantar braços em sinal de rendição?
Entregar às fúrias dos terroristas as vidas e fazendas que, sem discriminação de cor e constituindo a maioria esmagadora da população, não se bandeiam com eles? (...)
Por detrás desses grupos, porém, está o apoio de potências estrangeiras que esperam vir a recolher o espólio de uma capitulação de Portugal.
Porque, não tenhamos dúvidas: uma tal negociação equivaleria a capitulação. (...)
Não está a China por detrás da Frelimo? E não estão os movimentos antiportugueses de Angola e da Guiné amparados à URSS (...).
Não podemos abandonar as terras portuguesas do Ultramar e os nossos irmãos que nelas vivem e nelas construíram os seus lares e forjaram os seus destinos."
Discurso de Marcello Caetano, 3 de Julho de 1972
Discurso de Marcello Caetano, 3 de Julho de 1972
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