"As referências ao passado são utilizadas pela propaganda fascista para a construção de uma certa ideia de pátria, que assenta num nacionalismo primário, defende valores como a raça e incentiva a crença na superioridade cultural de determinados povos relativamente a outros. O fascismo promove o culto do chefe, que concentra em si todos os poderes, recusando o parlamentarismo e as liberdades individuais.”
Considera os regimes demoliberais decadentes e permissivos e causa última da instabilidade vivida na Itália e Alemanha nos anos anteriores ao fascismo. Para além disso, acredita que estes regimes, por causa da sua permissividade, perderão a luta contra a ideologia comunista. (…)
Os apoiantes do fascismo são, essencialmente, as classes médias, a quem o medo da anarquia ou o espectro da tomada de poder por parte dos comunistas assusta. A propaganda fascista sabe aproveitar-se desses medos e convencer uma parte substancial da população de que o regime fascista é o único que a consegue defender de forma eficaz. A propaganda torna-se um dos instrumentos mais poderosos ao serviço do fascismo."
Helena Veríssimo, Mariana Lagarto, Miguel Barros, Nova Construção da História, Edições ASA
Helena Veríssimo, Mariana Lagarto, Miguel Barros, Nova Construção da História, Edições ASA
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