«Na famosa "quinta-feira negra", 24 de Outubro de 1929, os títulos postos à venda [na Bolsa de Nova Iorque, em Wall Street] não encontram compradores (...): cerca de 70 milhões de títulos são lançados no mercado sem contrapartida. É a derrocada das cotações: a perda total avaliada em 18 mil milhões de dólares. O fenómeno repete-se nos dias seguintes, amplia-se por um processo cumulativo que abala a confiança, mola real do crédito na economia liberal. (...) Esta crise de crédito revela a sobreavaliação dos valores (...). A crise sanciona, pois, uma especulação excessiva, uma inflação do crédito. Para os especialistas, trata-se de um acidente técnico que saneará o mercado e permitirá o regresso à ordem (...). Todavia, contrariamente à expectativa geral dos técnicos, do presidente [dos Estados Unidos, Hoover] e dos eleitores que nele tinham votado, a crise instala-se, perdura e atinge outros sectores da economia americana e também outros países. (...)
É como uma paragem cardíaca.»
René Remond, Introdução à História do Nosso Tempo, Gradiva, 1997
René Remond, Introdução à História do Nosso Tempo, Gradiva, 1997
O Século do Povo - BBC, a crise de 1929
Os anos 20 foram o períodos de grande prosperidade dos EUA. Tudo parecia correr bem com a economia americana, a produção crescia continuamente, a bolsa dava lucros crescentes aos accionistas... Mas esta prosperidade era penas aparente. Em 24 de Outubro de 1929, o crash de Wall Street iria revelar as fragilidades da economia americana e mergulhar o resto do mundo numa crise profunda.
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