
HISTÓRIA 12 A: Curso Científico - Humanístico Línguas e Humanidades ------ Marc Bloch define a História como a “Ciência dos homens, no tempo” uma vez que estuda os homens, sua produção e suas relações sociais, políticas, económicas e culturais num determinado espaço e tempo.
sábado, 30 de março de 2013
Guernica, óleo sobre tela, de picasso (1937)
A 26 de abril de 1937, os bombardeiros alemães Stuka da Legião Condor, que apoiam as tropas nacionalistas de Franco, arrasam Guernica, pequena cidade basca onde os republicanos resistem. Pablo Picasso inspira-se nas fotografias a preto e branco, logo publicadas pelo Le Soir, e compõe a imensa tela para o pavilhão espanhol da Exposição Universal de Paris (1937).
TEMA E SIGNIFICADO: Guernica descreve o efeito da guerra sobre o espírito de Picasso, constituindo um grito contra os sanguinários acontecimentos que destruíram a Espanha através da guerra civil de 1936-39 e contra a contínua desumanidade do Homem.
Tudo no quadro tem significado
– o grito da mãe que segura o filho morto está representado pela língua, que sugere um punhal ou um estilhaço de vidro; igualmente a agonia do cavalo que, segundo Picasso representava a angústia do povo, a dor é sugerida pela mesma língua em forma de punhal.
-Por cima da cabeça do cavalo é visível um candeeiro aceso que sugere o olho de Deus que tudo vê e que parece gritar de horror.
-No lado esquerdo da tela encontra-se o touro (representa a brutalidade), este poderá simbolizar a resistência do povo espanhol ou o general Franco.
-A única flor no centro do quadro, para além de parecer aumentar todo o horror desta cena, é uma imagem de esperança numa vida nova.
-A figura à direita tem os braços erguidos como que a desviar as bombas que caem do céu.
-Em baixo, o homem ferido segura a espada partida, símbolo da resistência heroica.
TÉCNICA:
Deverá ser realçado que todos os rostos são desenhados no estilo cubista, abolindo a distinção entre o perfil e a frente. O cubismo desmantela por completo a perspetiva e propõe uma visão intelectualista do espaço. Desta nova conceção de pintura resulta a separação entre a representação figurativa dos objetos e a sua realidade natural. Os cubistas procederam à decomposição das imagens em planos, segundo os vários ângulos de visão, reduzindo-os a uma articulação dinâmica de pequenos sólidos geométricos. Para conseguirem um geometrismo mais perfeito procederam à eliminação dos elementos acessórios e deram menor importância à cor.
Indignado com a vitória dos nacionalistas, Picasso recusou a ida de Guernica para Espanha. Deixou expresso que a obra só lá ficaria com o restabelecimento da democracia. A morte do ditador Francisco Franco, em 1975, permitiu finalmente que Guernica pisasse solo espanhol.
O NEW DEAL- AMÉRICA APÓS A CRISE DE 1929
PROPOSTA DE RESOLUÇÃO
Preparação para o Exame Nacional, História A, 12.º Ano, Porto Editora
SURREALISMO
Início: O surrealismo surge com o Manifesto do Surrealismo, de André Breton, publicado em 1924, em Paris.
Influências: É marcado pela influência do movimento Dada e pela doutrina psicanalítica de Freud. Características: Influenciado pelo pensamento freudiano, o surrealismo valoriza a exploração do inconsciente e do subconsciente e recusa a racionalidade. Deste modo, os autores recriam, um mundo imaginário repleto de cenas grotescas e insólitas, de sonhos e de alucinações. O surrealismo mantém a rebeldia e a contestação de toda a tradição, tal como já o tinham feito os dadaístas.
Os surrealistas aproximaram-se dos movimentos políticos de esquerda e do comunismo e pretenderam partir da base sólida científica da psicanálise. O surrealismo não foi apenas inovador na temática, mas também nas técnicas adotadas. Por exemplo, Max Ernst combinou frequentemente a colagem e a frottage (processo semelhante ao do passatempo infantil de esfregar um lápis num papel colocado sobre uma moeda).
Principais praticantes: Os seus principais representantes foram Picasso, Max Ernst, André Masson, Hans Arp, Joan Miró, René Magritte, Salvador Dalí, entre outros.
Esta vanguarda marcou as tendências artísticas ocidentais entre os anos 30 e os anos 60.
Resistiu à 2.ª Guerra Mundial, sobrevivendo até 1966, data da morte de André Breton.
Influências: É marcado pela influência do movimento Dada e pela doutrina psicanalítica de Freud. Características: Influenciado pelo pensamento freudiano, o surrealismo valoriza a exploração do inconsciente e do subconsciente e recusa a racionalidade. Deste modo, os autores recriam, um mundo imaginário repleto de cenas grotescas e insólitas, de sonhos e de alucinações. O surrealismo mantém a rebeldia e a contestação de toda a tradição, tal como já o tinham feito os dadaístas.
Os surrealistas aproximaram-se dos movimentos políticos de esquerda e do comunismo e pretenderam partir da base sólida científica da psicanálise. O surrealismo não foi apenas inovador na temática, mas também nas técnicas adotadas. Por exemplo, Max Ernst combinou frequentemente a colagem e a frottage (processo semelhante ao do passatempo infantil de esfregar um lápis num papel colocado sobre uma moeda).
Principais praticantes: Os seus principais representantes foram Picasso, Max Ernst, André Masson, Hans Arp, Joan Miró, René Magritte, Salvador Dalí, entre outros.
Esta vanguarda marcou as tendências artísticas ocidentais entre os anos 30 e os anos 60.
Resistiu à 2.ª Guerra Mundial, sobrevivendo até 1966, data da morte de André Breton.
ARTE NO INÍCIO DO SÉCULO XX
Um pequeno exercício
1. Lê atentamente, as fontes 1 a 10.
1.1. Atribui um título a cada uma das fontes,
inserindo-as numa das vanguardas artísticas que estudaste.
1.2. Justifica a tua opção.
Fonte 1
«Fui seduzido pela cor. (…) As cores tornaram-se dinamite.
Elas são detonadas pela luz.» (André
Derain, 1903)
André Derain, Porto de Pesca (1905)
Fonte 2
«Apenas o desejo inexplicável de captar aquilo que vi e
senti e de encontrar a expressão mais pura para isso.» (Karl
Schmidt-Rottluff, 1910)
Max Pechstein, Três nus numa paisagem, 1911
«O nome, nós o achámos quando estávamos sentados numa mesa
de um café de Sindelsdorf; ambos amávamos o azul, (Franz) Marc os cavalos e eu
os cavaleiros. Assim o nome veio por si.»(Vassily Kandinsky, 1930)
Franz Marc, Grandes Cavalos Azuis, 1911
Fonte 4
«Não se deve querer fazer uma vez mais aquilo que a natureza
já fez perfeito. Não se deve querer parecer verdadeiro pela imitação das coisas
que são transitórias e mutáveis e que nos parecem ilusoriamente imutáveis. As
coisas em si não existem. Só existem através de nós (…). Os sentimentos
deformam, o espírito forma. Só há certezas naquilo que o espírito engendra (…)
Gosto da disciplina que corrige a emoção.» (Georges Braque)
Georges Braque, Viaduto em l'Estaque, 1908
Fonte 5
«Muitas vezes utilizei folhas de jornal para as minhas colagens
a papel, mas não para fazer um jornal.» (Picasso)
Pablo Picasso, Guitarra, 1913
Fonte 6
«A obra de arte reflete-se à superfície da consciência. Ela
encontra-se “mais longe” (…) Há ali também como o vidro transparente, mas duro
e rígido, que impede todo o contacto direto e íntimo. Lá, ainda, temos a
possibilidade de penetrar na obra, de aí nos tornarmos ativos e de viver a sua
pulsação através de todos os nossos sentidos.» (Vassily Kandinsky)
Kandinsky, Improvisação no desfiladeiro, 1914
Fonte 7
«Para que uma arte se torne abstrata, quer dizer, para que
não revele nenhuma relação com o aspeto natural das coisas reveste fundamental
importância a lei da desnaturalização da natureza. Em pintura, a cor primária
mais pura possível é o que produz essa abstração da cor natural.» (Piet
Mondrian)
Piet Mondrian, Composição com amarelo, azul e vermelho, 1921
Fonte 8
«Apreciemos o ruído das vozes, a divisão matemática do
trabalho nos laboratórios, os apitos dos comboios, a confusão das plataformas
da estação e da agitação! E a velocidade! E a precisão! Apreciemos o som das
sirenes (…), o som dos motores e o som incomodativo das cadeias de montagem.» (Umberto
Boccioni, 1912)
Luigi Russolo, Dinamismo do Automóvel, 1913
Fonte 9
«Sentia-me livre e sentia a necessidade de gritar a minha
alegria ao mundo … também é possível gritar com materiais degradados, e foi o
que fiz, colando-os e pregando-os com pregos.» (Kurt Schwitters, 1919)
Marcel Duchamp, Roda de Bicicleta, 1913
Fonte 10
«Creio na futura dissolução destes aparentemente
contraditórios estados de sonho e de realidade numa espécie de realidade
absoluta, que se poderia dizer: sur-realité.» (André Breton, 1924)
OBJECTIVOS DA FICHA DE AVALIAÇÃO
Módulo 7. Crises, embates ideológicos e mutações culturais na primeira metade do séc. XX
Unidade 1. As transformações das primeiras décadas do século XX
Explicar as alterações políticas após a 1.ª Guerra Mundial.
Avaliar o papel da SDN no período entre as duas guerras mundiais.
Explicitar a difícil recuperação económica da Europa e a dependência em relação aos EUA.
Explicar a ascensão dos EUA no pós 1.ª Guerra Mundial.
Descrever a situação que levou à revolução de outubro de 1917.
Distinguir a revolução de outubro da revolução de fevereiro.
Mostrar que os decretos revolucionários criaram a democracia dos sovietes.
Relacionar o comunismo de guerra com as dificuldades da Rússia e a instauração da ditadura do proletariado.
Caracterizar o centralismo democrático.
Interpretar a Nova Política Económica (NEP).
Relacionar a regressão do demoliberalismo com o impacto da revolução russa, a radicalização dos movimentos sociais e a emergência de autoritarismos.
Caracterizar o clima de pessimismo e incerteza nas primeiras décadas do séc. XX.
Expor as principais transformações da vida urbana e a nova sociabilidade.
Relacionar o estilo de vida urbano dos inícios do século XX com a crise dos valores tradicionais.
Enunciar os objetivos dos movimentos de emancipação da mulher nos princípios do século XX.
Relacionar a crise do positivismo com a emergência do relativismo.
Explicar os princípios fundamentais da psicanálise e o seu impacto na cultura e na arte.
Caracterizar as vanguardas artísticas e as suas principais inovações estéticas.
Unidade 1. As transformações das primeiras décadas do século XX
Explicar as alterações políticas após a 1.ª Guerra Mundial.
Avaliar o papel da SDN no período entre as duas guerras mundiais.
Explicitar a difícil recuperação económica da Europa e a dependência em relação aos EUA.
Explicar a ascensão dos EUA no pós 1.ª Guerra Mundial.
Descrever a situação que levou à revolução de outubro de 1917.
Distinguir a revolução de outubro da revolução de fevereiro.
Mostrar que os decretos revolucionários criaram a democracia dos sovietes.
Relacionar o comunismo de guerra com as dificuldades da Rússia e a instauração da ditadura do proletariado.
Caracterizar o centralismo democrático.
Interpretar a Nova Política Económica (NEP).
Relacionar a regressão do demoliberalismo com o impacto da revolução russa, a radicalização dos movimentos sociais e a emergência de autoritarismos.
Caracterizar o clima de pessimismo e incerteza nas primeiras décadas do séc. XX.
Expor as principais transformações da vida urbana e a nova sociabilidade.
Relacionar o estilo de vida urbano dos inícios do século XX com a crise dos valores tradicionais.
Enunciar os objetivos dos movimentos de emancipação da mulher nos princípios do século XX.
Relacionar a crise do positivismo com a emergência do relativismo.
Explicar os princípios fundamentais da psicanálise e o seu impacto na cultura e na arte.
Caracterizar as vanguardas artísticas e as suas principais inovações estéticas.
TIGRES E DRAGÕES
TIGRES E DRAGÕES
Para esclarecer a dúvida, que surgiu hoje na sessão de esclarecimento de dúvidas a este propósito, se reitera o seguinte: A denominação "tigres asiáticos" é usada em referência a 4 territórios da Ásia: Singapura, Coreia do Sul, Taiwan (ou Formosa) e Hong Kong (hoje uma região administrativa da República Popular da China). Estas quatro economias apresentam em comum o rápido crescimento económico e desenvolvimento industrial e tecnológico entre as décadas de 1970/90 (o próprio termo tigre está relacionado com a forma agressiva e rápida com que actuaram a nível económico - seguindo o exemplo do Japão).
Para se desenvolverem tão rapidamente, apoiaram-se: numa política de baixos impostos, em investimentos em tecnologia e educação, em incentivos às exportações, na abertura à entrada de capital estrangeiro, na forte participação na economia de mercado e inserção na globalização; na grande oferta de mão-de-obra barata e pouco reivindicativa.
Assim sendo, os dragões vieram-se implementar posteriormente e são constituídos pela Malásia, Indonésia, Filipinas e Tailândia. (Existe muita confusão em diversa bibliografia pois existem correntes actuais da Economia que utilizam também para estes países a denominação de "novos tigres asiáticos" juntando-lhes ainda o Vietname. Mas nós em História mantemos a denominação de dragões para estes quatro, para os distinguirmos dos que surgiram antes - os primeiros tigres.)
Para esclarecer a dúvida, que surgiu hoje na sessão de esclarecimento de dúvidas a este propósito, se reitera o seguinte: A denominação "tigres asiáticos" é usada em referência a 4 territórios da Ásia: Singapura, Coreia do Sul, Taiwan (ou Formosa) e Hong Kong (hoje uma região administrativa da República Popular da China). Estas quatro economias apresentam em comum o rápido crescimento económico e desenvolvimento industrial e tecnológico entre as décadas de 1970/90 (o próprio termo tigre está relacionado com a forma agressiva e rápida com que actuaram a nível económico - seguindo o exemplo do Japão).
Para se desenvolverem tão rapidamente, apoiaram-se: numa política de baixos impostos, em investimentos em tecnologia e educação, em incentivos às exportações, na abertura à entrada de capital estrangeiro, na forte participação na economia de mercado e inserção na globalização; na grande oferta de mão-de-obra barata e pouco reivindicativa.
Assim sendo, os dragões vieram-se implementar posteriormente e são constituídos pela Malásia, Indonésia, Filipinas e Tailândia. (Existe muita confusão em diversa bibliografia pois existem correntes actuais da Economia que utilizam também para estes países a denominação de "novos tigres asiáticos" juntando-lhes ainda o Vietname. Mas nós em História mantemos a denominação de dragões para estes quatro, para os distinguirmos dos que surgiram antes - os primeiros tigres.)
MUTAÇÕES NOS COMPORTAMENTOS E NA CULTURA
Uma nova sociabilidade
O inicio do século trouxe às cidades do mundo ocidental um movimento frenético que inspirava optimismo e esperança. Apesar de tudo as memórias do conflito e da crise ainda perduravam principalmente nas cidades europeias dos países ainda atingidos pela recessão. A estandardização dos comportamentos desenvolveu-se do que resultou uma massificação de preconceitos e crenças interiorizadas por grandes grupos de pessoas geralmente habitando nas cidades. Generalizava-se uma cultura de massas que era também uma cultura de ócio. Desenvolveram-se os espaços e a indústria de entretenimento subsidiadas pela classe média que acedia a todo o tipo de bens de consumo e conteúdos culturais. O desporto, o espectáculo e a cultura adquiriram novo dinamismo e projecção tornando-se sectores económicos de grande investimento impulsionados pelos factores acima citados.
A crise dos valores tradicionais
A par de uma transformação nos hábitos a sociedade ocidental assistiu a uma erosão progressiva nos seus costumes e valores mais ancestrais. A burguesia, herdeira de uma posição privilegiada sentiu os efeitos desse desgaste ainda acelerado pela descrença nos valores propagandeados pelas revoluções liberais. Perante as dificuldades e o sofrimento, as classes mais baixas sentiram que a sua sorte poderia depender da movimentação e acção política. Tal crença levou-as a adoptar ideologias que no ambiente difícil do pós-guerra não tardaram a dominar largos sectores da população nomeadamente nos países mais industrializados. A família, o casamento, a religião e mesmo as mais básicas regras de conduta e da moral passaram a sofrer os efeitos de um individualismo e uma anomia crescentes que tiveram como efeito o desenraizamento e a marginalidade típicas das sociedades urbanas mas também o relativismo dos valores e das crenças.
A emancipação feminina
A mulher adquiriu projecção nova nesta sociedade. A sociedade descobriu uma presença cada vez mais constante da mulher em todos os domínios. Espectáculo, política, desporto, cultura, arte, ciência, vida social eram ambientes onde a mulher se distinguiu e onde se impôs. Desde o século XIX a mulher lutava pelo reconhecimento da sua posição não só na sociedade mas mesmo na família. A partir de inícios do século XX o direito ao voto passou a ser reivindicado pelos movimentos feministas. Destacaram-se as sufragistas britânicas lideradas por Emmeline Pankurst que recorreram a todo o tipo de argumentos e formas de luta para exigir um tratamento igual ao dos homens. Em Portugal, Maria Veleda, Ana Castro Osório, Adelaide Cabete e Carolina Beatriz Ângelo destacaram-se na Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Só no final da Primeira Grande Guerra é que as mulheres europeias começaram a ver os seus direitos políticos reconhecidos.
Descrença no pensamento positivista e as novas concepções positivistas
No início do século XX, rejeição gradual do racionalismo e positivismo científico. Outras vias se abrem ao pensamento humano. · Begson considerava que além da Física e Matemática, existia um pensamento intuitivo que explicava os comportamentos humanos e libertava os homens do espartilho racionalista. · Teoria Quântica, a energia desenvolve-se através de movimentos muito rápidos de porções mínimas e variáveis de matéria, os quantum. ·
Teoria da Relatividade, tempo decorre mais depressa ou devagar consoante a velocidade dos corpos. A verdade científica não tinha o grau de certeza que até então se pensava. Surgiu assim o Relativismo. Concepções psicanalíticas
Freud desenvolveu a Psicanálise que divide a mente em três zonas: inconsciente, subconsciente e consciente. O inconsciente influencia muitos dos nossos comportamentos explicando-os através de noções como a de recalcamento e sublimação, sonhos e livre associação. A psicanálise influenciou a sociedade e a arte admitindo comportamentos e leituras da realidade alternativos aos do senso comum.
As vanguardas artísticas:
- rupturas com os cânones das artes e da literatura O movimento modernista desenvolveu-se nos inícios do século XX a partir da Europa e em cidades cosmopolitas e com forte movimentação cultural como Paris, ponto de encontro das vanguardas culturais da Europa e do mundo. Reagindo contra o classicismo naturalista e o paradigma romântico e conformista do século XIX os movimentos artísticos vanguardistas procuraram exprimir um intimismo de raiz psicológica matizado com a visão relativista dos fenómenos, admitindo visões alternativas e desfigurando a realidade.
O inicio do século trouxe às cidades do mundo ocidental um movimento frenético que inspirava optimismo e esperança. Apesar de tudo as memórias do conflito e da crise ainda perduravam principalmente nas cidades europeias dos países ainda atingidos pela recessão. A estandardização dos comportamentos desenvolveu-se do que resultou uma massificação de preconceitos e crenças interiorizadas por grandes grupos de pessoas geralmente habitando nas cidades. Generalizava-se uma cultura de massas que era também uma cultura de ócio. Desenvolveram-se os espaços e a indústria de entretenimento subsidiadas pela classe média que acedia a todo o tipo de bens de consumo e conteúdos culturais. O desporto, o espectáculo e a cultura adquiriram novo dinamismo e projecção tornando-se sectores económicos de grande investimento impulsionados pelos factores acima citados.
A crise dos valores tradicionais
A par de uma transformação nos hábitos a sociedade ocidental assistiu a uma erosão progressiva nos seus costumes e valores mais ancestrais. A burguesia, herdeira de uma posição privilegiada sentiu os efeitos desse desgaste ainda acelerado pela descrença nos valores propagandeados pelas revoluções liberais. Perante as dificuldades e o sofrimento, as classes mais baixas sentiram que a sua sorte poderia depender da movimentação e acção política. Tal crença levou-as a adoptar ideologias que no ambiente difícil do pós-guerra não tardaram a dominar largos sectores da população nomeadamente nos países mais industrializados. A família, o casamento, a religião e mesmo as mais básicas regras de conduta e da moral passaram a sofrer os efeitos de um individualismo e uma anomia crescentes que tiveram como efeito o desenraizamento e a marginalidade típicas das sociedades urbanas mas também o relativismo dos valores e das crenças.
A emancipação feminina
A mulher adquiriu projecção nova nesta sociedade. A sociedade descobriu uma presença cada vez mais constante da mulher em todos os domínios. Espectáculo, política, desporto, cultura, arte, ciência, vida social eram ambientes onde a mulher se distinguiu e onde se impôs. Desde o século XIX a mulher lutava pelo reconhecimento da sua posição não só na sociedade mas mesmo na família. A partir de inícios do século XX o direito ao voto passou a ser reivindicado pelos movimentos feministas. Destacaram-se as sufragistas britânicas lideradas por Emmeline Pankurst que recorreram a todo o tipo de argumentos e formas de luta para exigir um tratamento igual ao dos homens. Em Portugal, Maria Veleda, Ana Castro Osório, Adelaide Cabete e Carolina Beatriz Ângelo destacaram-se na Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Só no final da Primeira Grande Guerra é que as mulheres europeias começaram a ver os seus direitos políticos reconhecidos.
Descrença no pensamento positivista e as novas concepções positivistas
No início do século XX, rejeição gradual do racionalismo e positivismo científico. Outras vias se abrem ao pensamento humano. · Begson considerava que além da Física e Matemática, existia um pensamento intuitivo que explicava os comportamentos humanos e libertava os homens do espartilho racionalista. · Teoria Quântica, a energia desenvolve-se através de movimentos muito rápidos de porções mínimas e variáveis de matéria, os quantum. ·
Teoria da Relatividade, tempo decorre mais depressa ou devagar consoante a velocidade dos corpos. A verdade científica não tinha o grau de certeza que até então se pensava. Surgiu assim o Relativismo. Concepções psicanalíticas
Freud desenvolveu a Psicanálise que divide a mente em três zonas: inconsciente, subconsciente e consciente. O inconsciente influencia muitos dos nossos comportamentos explicando-os através de noções como a de recalcamento e sublimação, sonhos e livre associação. A psicanálise influenciou a sociedade e a arte admitindo comportamentos e leituras da realidade alternativos aos do senso comum.
As vanguardas artísticas:
- rupturas com os cânones das artes e da literatura O movimento modernista desenvolveu-se nos inícios do século XX a partir da Europa e em cidades cosmopolitas e com forte movimentação cultural como Paris, ponto de encontro das vanguardas culturais da Europa e do mundo. Reagindo contra o classicismo naturalista e o paradigma romântico e conformista do século XIX os movimentos artísticos vanguardistas procuraram exprimir um intimismo de raiz psicológica matizado com a visão relativista dos fenómenos, admitindo visões alternativas e desfigurando a realidade.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Independência da Índia: Não-violência e desobediência civil de Ghandi
Independência da Índia: Não-violência e desobediência civil de Ghandi
Entre as consequências da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pode-se apontar a descolonização e o surgimento de várias novas nações na África e na Ásia.
São países que se libertaram do jugo das velhas potências colonialistas, como a Argélia e o Congo, continente africano, e o Laos, a Tailândia, o Camboja e a Indonésia, no asiático. Contudo, um dos momentos mais importantes desse processo foi a independência da Índia.
País de dimensões continentais, com cerca de 3,3 milhões de km², o país - dividido em vários principados - era dominado pela Inglaterra desde o século 18 e constituía uma das mais importantes colônias britânicas sob o aspecto econômico. Em 1885, surgiu o primeiro movimento nacionalista na região, encabeçado por intelectuais indianos.
Entretanto, até o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) o movimento nada conseguiu. A partir daí, passou a enfrentar uma Inglaterra enfraquecida economicamente e com dificuldades para manter seu extenso império, construído ao longo dos séculos 18 e 19. Por outro lado, a Índia estava marcada há cinco séculos pela divisão religiosa entre hindus e muçulmanos, grupos religiosos que criaram suas próprias organizações políticas em prol da independência.
"Mahatma" Gandhi
O grupo que se destacou foi o Partido do Congresso, que reunia os hindus. Contava com um líder extraordinário, o advogado Mohandas Gandhi, chamado de "Mahatma" ou "Grande Alma", nome que ele mesmo rejeitava. Gandhi pregava a resistência à dominação e a luta contra os britânicos por meio da não-violência e da desobediência civil, métodos que já havia empregado contra o Apartheid, na África do Sul, onde vivera.
A ação de Gandhi consistia em desobedecer as leis inglesas sem se importar em sofrer as consequências do ato, em boicotar os produtos ingleses, em fazer greves de fome para que hindus e muçulmanos deixassem de lado as divergências religiosas e se unissem em favor da causa comum: a independência. Sua figura acabou por conquistar admiradores no mundo todo, inclusive na Inglaterra e o gandhismo inspira até hoje os movimentos pacifistas.
Ainda assim, os adeptos do islamismo na Índia se uniram na Liga Muçulmana, sob o comando de Mohamed Ali Jinnah, decididos a agir por conta própria o que os levava a frequentes choques com os hindus. Os governantes ingleses se aproveitavam dessas realidades e as insuflavam, como forma de retardar o processo de independência.
Concessão da Independência e conflito com o Paquistão
A Segunda Guerra Mundial, porém, enfraqueceu ainda mais a Inglaterra, de modo que, ao fim do conflito, não conseguiu mais manter o domínio sobre a Índia. Em 15 de agosto de 1947, a independência da Índia foi concedida. O país, porém, ainda enfrentava forte tensão entre os grupos religiosos rivais e se fragmentou em dois, a Índia propriamente dita e o Paquistão, sendo que este estava geograficamente dividido em Oriental e Ocidental, com um enclave indiano entre ambos.
Portanto, a violência religiosa e a disputa por terras prevaleciam. Gandhi que pregava a paz e a união de hindus e muçulmanos foi assassinado em 1948 por um radical hindu. No mesmo ano, a ilha do Ceilão, a sudeste do subcontinente indiano, tornou-se um Estado independente, com o nome de Sri Lanka. Do mesmo modo, o Paquistão oriental formaria um novo país, Bangladesh, em 1971.
Hoje, na República da Índia, os conflitos entre hindus e muçulmanos são menores, embora persistam. Outros dois grupos religiosos também têm força no país, os budistas e os sikhs, uma seita hinduísta com características próprias. As relações com o Paquistão ainda são conflituosas, em especial no que se refere à província indiana da Caxemira, no norte do país.
São países que se libertaram do jugo das velhas potências colonialistas, como a Argélia e o Congo, continente africano, e o Laos, a Tailândia, o Camboja e a Indonésia, no asiático. Contudo, um dos momentos mais importantes desse processo foi a independência da Índia.
País de dimensões continentais, com cerca de 3,3 milhões de km², o país - dividido em vários principados - era dominado pela Inglaterra desde o século 18 e constituía uma das mais importantes colônias britânicas sob o aspecto econômico. Em 1885, surgiu o primeiro movimento nacionalista na região, encabeçado por intelectuais indianos.
Entretanto, até o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) o movimento nada conseguiu. A partir daí, passou a enfrentar uma Inglaterra enfraquecida economicamente e com dificuldades para manter seu extenso império, construído ao longo dos séculos 18 e 19. Por outro lado, a Índia estava marcada há cinco séculos pela divisão religiosa entre hindus e muçulmanos, grupos religiosos que criaram suas próprias organizações políticas em prol da independência.
"Mahatma" Gandhi
O grupo que se destacou foi o Partido do Congresso, que reunia os hindus. Contava com um líder extraordinário, o advogado Mohandas Gandhi, chamado de "Mahatma" ou "Grande Alma", nome que ele mesmo rejeitava. Gandhi pregava a resistência à dominação e a luta contra os britânicos por meio da não-violência e da desobediência civil, métodos que já havia empregado contra o Apartheid, na África do Sul, onde vivera.
A ação de Gandhi consistia em desobedecer as leis inglesas sem se importar em sofrer as consequências do ato, em boicotar os produtos ingleses, em fazer greves de fome para que hindus e muçulmanos deixassem de lado as divergências religiosas e se unissem em favor da causa comum: a independência. Sua figura acabou por conquistar admiradores no mundo todo, inclusive na Inglaterra e o gandhismo inspira até hoje os movimentos pacifistas.
Ainda assim, os adeptos do islamismo na Índia se uniram na Liga Muçulmana, sob o comando de Mohamed Ali Jinnah, decididos a agir por conta própria o que os levava a frequentes choques com os hindus. Os governantes ingleses se aproveitavam dessas realidades e as insuflavam, como forma de retardar o processo de independência.
Concessão da Independência e conflito com o Paquistão
A Segunda Guerra Mundial, porém, enfraqueceu ainda mais a Inglaterra, de modo que, ao fim do conflito, não conseguiu mais manter o domínio sobre a Índia. Em 15 de agosto de 1947, a independência da Índia foi concedida. O país, porém, ainda enfrentava forte tensão entre os grupos religiosos rivais e se fragmentou em dois, a Índia propriamente dita e o Paquistão, sendo que este estava geograficamente dividido em Oriental e Ocidental, com um enclave indiano entre ambos.
Portanto, a violência religiosa e a disputa por terras prevaleciam. Gandhi que pregava a paz e a união de hindus e muçulmanos foi assassinado em 1948 por um radical hindu. No mesmo ano, a ilha do Ceilão, a sudeste do subcontinente indiano, tornou-se um Estado independente, com o nome de Sri Lanka. Do mesmo modo, o Paquistão oriental formaria um novo país, Bangladesh, em 1971.
Hoje, na República da Índia, os conflitos entre hindus e muçulmanos são menores, embora persistam. Outros dois grupos religiosos também têm força no país, os budistas e os sikhs, uma seita hinduísta com características próprias. As relações com o Paquistão ainda são conflituosas, em especial no que se refere à província indiana da Caxemira, no norte do país.
11 de setembro de 2001: O maior atentado terrorista de todos os tempos
Existem eventos que só se transformam em datas históricas tempos depois, quando, em retrospectiva, atribui-se a eles uma importância crucial para os rumos tomados pela História. Mas há também alguns fatos que já nascem com a marca da mudança, tão evidente é a sua importância para os caminhos percorridos depois. Nem é preciso algum afastamento para concluir que tal evento será, para sempre, um divisor de águas da História – um acontecimento que, seja qual for a forma como venha a ser narrado o passado, jamais deixará de estar presente na linha do tempo como um ponto de inflexão, de mudança de rumo. Este é, precisamente, o caso do 11 de setembro de 2001. Naquele final de inverno nos Estados Unidos, os norte-americanos e o mundo viveram um dia que para sempre será lembrado como histórico – e também como trágico.
Os ataques à Nova York e ao Pentágono
Eram quase 9h da manhã em Nova York quando um avião sequestrado por terroristas islâmicos teve sua rota desviada em direção a uma das torres do World Trade Center – um dos prédios mais altos do mundo. Inicialmente, imaginou-se que se tratava de um acidente aéreo de grandes proporções, mas não de um ataque premeditado. Porém, quando cerca de 20 minutos depois um outro avião chocou-se contra a segunda torre do WTC, ficou claro que os Estados Unidos estavam sendo vítimas de atentados terroristas cuidadosamente planejados
Poucos minutos mais tarde, um terceiro avião, também sequestrado, foi jogado contra o Pentágono, a central de inteligência norte-americana, cuja sede fica próxima à capital do país, Washington D.C. Havia ainda um quarto avião, que acabou caindo na Pensilvânia antes de atingir seu alvo. Segundo as investigações feitas posteriormente, o plano dos terroristas era jogar a aeronave contra o Capitólio – a sede do Poder Legislativo dos EUA.
Em Nova York, o choque dos aviões contra as torres do WTC desestabilizaram a estrutura dos edifícios, que caíram cerca de duas horas depois dos ataques. Antes disso, entretanto, uma cena desoladora foi transmitida ao vivo pelas televisões de todo o mundo: desesperadas, pessoas que estavam acima dos andares atingidos pelos aviões, sem terem como fugir dos prédios em chamas, jogavam-se do alto das torres. No fim, morreram elas, os bombeiros que haviam chegado ao WTC para socorrer os feridos pelo primeiro ataque, os passageiros dos quatro aviões, funcionários do Pentágono, inúmeras pessoas que trabalhavam nas torres gêmeas de Nova York, entre outros, num total de quase 3 mil pessoas.
Desdobramentos do 11 de setembro para os EUA e o mundo
Se o impacto humano dos ataques de 2001 foi evidente, o 11 de setembro teve desdobramentos que vão muito além da morte de milhares de pessoas. Imediatamente, as bolsas de valores do mundo todo entraram em crise. Afinal, afora as incertezas quanto ao impacto do 11 de setembro sobre a economia mundial, os ataques provocaram perdas humanas inestimáveis para muitas empresas sediadas no WTC, mobilizaram as companhias de seguros numa proporção poucas vezes vista e prejudicaram enormemente o mercado de aviação civil nos EUA e no mundo.
Do ponto de vista social, os ataques também trouxeram para o primeiro plano os muçulmanos radicais, favoráveis à guerra santa – a chamada Jihad islâmica. Não raro passou-se a confundir árabes com muçulmanos de todas as matizes, como se fossem, todos, homens e mulheres-bombas dispostos a atacar qualquer ponto em qualquer lugar e a qualquer momento. Disso para o preconceito e a intolerância étnica e religiosa foi passo apenas. No cotidiano dos cidadãos norte-americanos, a vida seguiu sob a sombra de uma nova ameaça terrorista, o que exigiu mudanças de hábitos, sobretudo em termos de segurança pública.
Militarmente, os desdobramentos do 11 de setembro foram enormes. Os ataques podem gerar a falsa impressão de que não havia terrorismo antes de 2001, o que é uma inverdade. Mas, tendo em vista que aquele episódio foi, simultaneamente, não apenas o principal ataque terrorista da História como também o primeiro ataque estrangeiro contra civis sofrido pelos EUA em território norte-americano, a resposta do governo foi contundente.
De um lado, o então presidente George W. Bush fez aprovar o USA Patriot Act, que concedeu ao governo a prerrogativa de, numa democracia, poder invadir lares, espionar cidadãos, interrogar suspeitos de espionagem ou terrorismo (inclusive empregando tortura) sem lhes dar direito à defesa ou a julgamento. Ou seja, medidas antidemocráticas, que tolhiam as liberdades civis, passaram a ser vistas como necessárias para salvar a própria democracia. De outro lado, os EUA lideraram, com a participação de vários países, a chamada Guerra ao Terror contra o Eixo do mal, que levou à invasão ao Iraque e ao Afeganistão, acentuando ainda mais o antiamericanismo no mundo islãmico.Se as mortes de Saddam Hussein e Osama bin Laden porão fim ao choque de civilizações e de culturas que marcou o primeiro decênio do século XXI é uma questão ainda em aberto.
Os ataques à Nova York e ao Pentágono
Eram quase 9h da manhã em Nova York quando um avião sequestrado por terroristas islâmicos teve sua rota desviada em direção a uma das torres do World Trade Center – um dos prédios mais altos do mundo. Inicialmente, imaginou-se que se tratava de um acidente aéreo de grandes proporções, mas não de um ataque premeditado. Porém, quando cerca de 20 minutos depois um outro avião chocou-se contra a segunda torre do WTC, ficou claro que os Estados Unidos estavam sendo vítimas de atentados terroristas cuidadosamente planejados
Poucos minutos mais tarde, um terceiro avião, também sequestrado, foi jogado contra o Pentágono, a central de inteligência norte-americana, cuja sede fica próxima à capital do país, Washington D.C. Havia ainda um quarto avião, que acabou caindo na Pensilvânia antes de atingir seu alvo. Segundo as investigações feitas posteriormente, o plano dos terroristas era jogar a aeronave contra o Capitólio – a sede do Poder Legislativo dos EUA.
Em Nova York, o choque dos aviões contra as torres do WTC desestabilizaram a estrutura dos edifícios, que caíram cerca de duas horas depois dos ataques. Antes disso, entretanto, uma cena desoladora foi transmitida ao vivo pelas televisões de todo o mundo: desesperadas, pessoas que estavam acima dos andares atingidos pelos aviões, sem terem como fugir dos prédios em chamas, jogavam-se do alto das torres. No fim, morreram elas, os bombeiros que haviam chegado ao WTC para socorrer os feridos pelo primeiro ataque, os passageiros dos quatro aviões, funcionários do Pentágono, inúmeras pessoas que trabalhavam nas torres gêmeas de Nova York, entre outros, num total de quase 3 mil pessoas.
Desdobramentos do 11 de setembro para os EUA e o mundo
Se o impacto humano dos ataques de 2001 foi evidente, o 11 de setembro teve desdobramentos que vão muito além da morte de milhares de pessoas. Imediatamente, as bolsas de valores do mundo todo entraram em crise. Afinal, afora as incertezas quanto ao impacto do 11 de setembro sobre a economia mundial, os ataques provocaram perdas humanas inestimáveis para muitas empresas sediadas no WTC, mobilizaram as companhias de seguros numa proporção poucas vezes vista e prejudicaram enormemente o mercado de aviação civil nos EUA e no mundo.
Do ponto de vista social, os ataques também trouxeram para o primeiro plano os muçulmanos radicais, favoráveis à guerra santa – a chamada Jihad islâmica. Não raro passou-se a confundir árabes com muçulmanos de todas as matizes, como se fossem, todos, homens e mulheres-bombas dispostos a atacar qualquer ponto em qualquer lugar e a qualquer momento. Disso para o preconceito e a intolerância étnica e religiosa foi passo apenas. No cotidiano dos cidadãos norte-americanos, a vida seguiu sob a sombra de uma nova ameaça terrorista, o que exigiu mudanças de hábitos, sobretudo em termos de segurança pública.
Militarmente, os desdobramentos do 11 de setembro foram enormes. Os ataques podem gerar a falsa impressão de que não havia terrorismo antes de 2001, o que é uma inverdade. Mas, tendo em vista que aquele episódio foi, simultaneamente, não apenas o principal ataque terrorista da História como também o primeiro ataque estrangeiro contra civis sofrido pelos EUA em território norte-americano, a resposta do governo foi contundente.
De um lado, o então presidente George W. Bush fez aprovar o USA Patriot Act, que concedeu ao governo a prerrogativa de, numa democracia, poder invadir lares, espionar cidadãos, interrogar suspeitos de espionagem ou terrorismo (inclusive empregando tortura) sem lhes dar direito à defesa ou a julgamento. Ou seja, medidas antidemocráticas, que tolhiam as liberdades civis, passaram a ser vistas como necessárias para salvar a própria democracia. De outro lado, os EUA lideraram, com a participação de vários países, a chamada Guerra ao Terror contra o Eixo do mal, que levou à invasão ao Iraque e ao Afeganistão, acentuando ainda mais o antiamericanismo no mundo islãmico.Se as mortes de Saddam Hussein e Osama bin Laden porão fim ao choque de civilizações e de culturas que marcou o primeiro decênio do século XXI é uma questão ainda em aberto.
Vitor Amorim de Angelo é historiador e doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente é professor do mestrado em Ciências Sociais da Universidade Vila Velha.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
CONTEÚDOS PARA EXAME
Conteúdos
Relativamente aos conteúdos, o Programa da disciplina acentua a importância da história de Portugal e da história contemporânea na formação do aluno e define globalmente uma orientação metodológica que implica a progressiva construção do saber histórico.
A prova incide nos conteúdos de aprofundamento e nos conceitos estruturantes fixados nos módulos do último ano curricular do programa de História A.
Poderão ser requeridas articulações entre estes conteúdos e estes conceitos e os restantes sempre que
a orientação fixada nos módulos o exija.
Assim, são objeto explícito de avaliação os conteúdos de aprofundamento dos módulos 7, 8 e 9 do Programa de História A.
Relativamente aos conteúdos, o Programa da disciplina acentua a importância da história de Portugal e da história contemporânea na formação do aluno e define globalmente uma orientação metodológica que implica a progressiva construção do saber histórico.
A prova incide nos conteúdos de aprofundamento e nos conceitos estruturantes fixados nos módulos do último ano curricular do programa de História A.
Poderão ser requeridas articulações entre estes conteúdos e estes conceitos e os restantes sempre que
a orientação fixada nos módulos o exija.
Assim, são objeto explícito de avaliação os conteúdos de aprofundamento dos módulos 7, 8 e 9 do Programa de História A.
sábado, 29 de dezembro de 2012
Parecer sobre a Prova escrita de História A, 12º ano de Escolaridade
Parecer sobre a Prova escrita de História A, 12º ano de Escolaridade
Prova 623/1ª Fase; 2012
Uma prova de História de final do ensino secundário deve ser uma prova exigente, que
teste não apenas os conhecimentos adquiridos pelos alunos, mas também as suas
competências históricas, desenvolvidas ao longo dos três anos que constituem este ciclo
de ensino. Entre estas competências, contam-se a capacidade crítica e a capacidade de
refletir sobre determinados acontecimentos e processos, partindo da análise de
documentos variados e, por vezes, contraditórios.
Neste sentido, considera a APH que a prova de História A do 12º ano é uma prova
equilibrada em termos cronológicos e quanto aos conteúdos escolhidos, abrangendo três
momentos fundamentais da História contemporânea, mundial e nacional (Revolução
Soviética, Estado Novo, Globalização e Problemas Transnacionais).
A mudança, conceito de segunda ordem, constitui a linha condutora da prova, estando
presente nos três grupos que a constituem. Paralelamente, a prova estabelece uma outra
linha condutora entre os dois primeiros grupos - o impacto económico e social de
determinadas políticas levadas a cabo por regimes totalitários de esquerda e de direita.
Consideramos que a existência destas ligações entre grupos e questões é importante, já
que evita, de alguma forma, a dispersão na reflexão de quem está a resolver a prova.
Consideramos as questões colocadas como adequadas aos documentos fornecidos,
existindo também uma preocupação em apresentá-los de vários tipos - encontramos na
prova documentos escritos, imagens e gráfico. Neste ponto, o único senão é o facto de
todos eles serem fontes primárias, não existindo nenhuma reflexão historiográfica sobre
os temas em análise.
Consideramos positiva a introdução de dois documentos com perspetivas contrárias
(documentos 3 e 4 do grupo II), apesar de considerarmos que se poderia ter ido um pouco
mais longe - para quando a introdução da multiperspetiva?
Quanto aos critérios de classificação, consideramos que foi feito um grande esforço nesse
sentido. São suficientemente variados para cobrirem a grande maioria das hipóteses de
resposta, facilitando o trabalho dos professores classificadores, eliminando algumas
possíveis injustiças e assim estabelecendo uma maior equidade entre todos ao alunos
sujeitos a esta prova.
A Direção da APH
Parecer sobre a Prova escrita de História A, 12º ano de Escolaridade
Prova 623/2ª Fase; 2012
A APH considera que a prova de História A do 12º ano é uma prova
equilibrada em termos cronológicos e quanto aos conteúdos escolhidos,
abrangendo três momentos fundamentais da História contemporânea, mundial e
nacional (Portugal e o mundo após a Primeira guerra Mundial, O mundo
capitalista ocidental da Segunda Guerra Mundial à atualidade, o 25 de abril e as
opções da política externa portuguesa).
Mais uma vez se verifica, à semelhança da Prova de História A da 1ª fase,
que a prova possui uma lógica interna, conseguida através da existência de uma
linha condutora, marcada pelos conceitos de rutura e de mudança. Neste caso
particular, mudanças ocorridas no mundo e em Portugal após os momentos de
rutura que são as duas guerras mundiais e a revolução do 25 de abril de 1974.
Consideramos, como já o fizemos para a prova da 1ª fase, que a existência
destas ligações entre grupos e questões é importante, já que evita, de alguma
forma, a dispersão na reflexão de quem está a resolver as provas.
Consideramos as questões colocadas como adequadas aos documentos
fornecidos, existindo também uma preocupação em apresentá-los de vários tipos -
encontramos na prova documentos escritos, imagens e tabela. Neste ponto, o
único senão é o facto de todos eles serem fontes primárias, não existindo nenhuma
reflexão historiográfica sobre os temas em análise.
Consideramos positiva a introdução de dois documentos com perspetivas
contrárias (documentos 3 e 4 do grupo II).
Quanto aos critérios de classificação, a nossa reflexão é idêntica à que
efetuámos para a prova da 1ª fase.
A Direção da APH
domingo, 21 de outubro de 2012
PROVAS ESCRITAS: Critérios de classificação
Nas
respostas a cada item, deve ser considerado, de acordo com o tipo de tarefa
solicitada, o desempenho
relativamente
às competências seguintes:
• analisa
fontes de natureza diversa, distinguindo informação explícita e implícita,
assim como os seus limites
para
o conhecimento do passado;
• situa
cronológica e espacialmente acontecimentos e processos relevantes,
relacionando-os com os
contextos
em que ocorreram;
• identifica
a multiplicidade de factores e a relevância da acção de indivíduos ou de grupos
relativamente a
fenómenos
históricos circunscritos no tempo e no espaço;
• situa
e caracteriza aspectos relevantes da história de Portugal, europeia e mundial;
• relaciona
a história de Portugal com a história europeia e mundial, distinguindo
articulações dinâmicas e
analogias/especificidades,
quer de natureza temática, quer de âmbito cronológico, regional ou local;
• elabora
e comunica, com correcção linguística, sínteses de assuntos estudados:
–
estabelecendo os seus traços definidores;
–
distinguindo situações de ruptura e de continuidade;
–
utilizando, de forma adequada, terminologia específica.
Todas
as respostas devem ser analisadas considerando os seguintes aspectos:
• relevância
relativamente à questão formulada no item;
• articulação
obrigatória com as fontes;
• forma
como a fonte é explorada, sendo valorizada a interpretação e não a mera
paráfrase;
• correcção
na transcrição de excertos das fontes e pertinência desses excertos como
suporte de argumentos;
• mobilização
de informação circunscrita ao assunto em análise;
• domínio
da terminologia específica da disciplina.
Relativamente
à interpretação do(s) documento(s) e de acordo com o tipo de tarefa solicitada,
devem ser
consideradas
nas respostas as operações seguintes:
• identificação
da informação expressa nas fontes apresentadas;
• explicitação
do significado de elementos presentes nas fontes;
• cotejo
da informação recolhida nas diversas fontes;
• esclarecimento
da pertinência das fontes para os problemas levantados;
• contextualização
cronológica e espacial da informação contida nas fontes;
• estabelecimento
de relações entre a informação presente nas várias fontes e a problemática
organizadora
do
conjunto;
• mobilização
de conhecimentos de realidades históricas estudadas para analisar fontes;
• síntese
de aspectos relacionados com aprendizagens estruturantes do Programa, em
articulação com as
fontes
apresentadas.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DA PROVA
Todas as respostas são analisadas, considerando os seguintes aspectos:
-relevância relativamente à questão formulada no item;
-forma como a fonte é explorada, sendo valorizada a interpretação e não a mera paráfase;
-correção na transcrição de excertos das fontes e pertinência desses excertos como suporte de argumentos;
-mobilização de informação circunscrita ao assunto em análise;
-domínio da terminologia específica da disciplina.
DICAS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE
1- LER. Deve perder tempo a ler o teste integralmente, nunca tente responder a questões sem primeiro perceber oque é que se pretende.
2- TEMPO. Reparta o tempo disponível pelo número de questões do teste, reservando um pouco mais para aquelas que considerar mais difíceis.
3- FÁCIL. Comece por responder às questões que considerar mais fáceis.
4- ESQUEMA. Nunca deixe a folha de rascunho em branco. Faça um esquema da resposta com os tópicos da pergunta.
5- ORDENADO. Uma boa maneira para evitar “andar em círculos”, repetindo a mesma ideia vezes sem conta é estruturar bem a resposta em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Escreva tudo.
6- BEBER AS FONTES (DOCUMENTOS). O esquema de resposta deverá incluir sempre as conclusões da analise dos documentos, contextualizar, temporal, e espacialmente, bem como os conceitos fundamentais.
7- ESCREVER. É preciso ir com calma. Atenção aos erros ortográficos. Tais como os nomes de líderes políticos tratados, conceitos e lugares corretos.
8- RELER. A leitura final do teste, antes de o entregar, deve ser feita pausadamente e com objetivo de detetar lacunas de informação e de melhorar a expressão escrita.
2- TEMPO. Reparta o tempo disponível pelo número de questões do teste, reservando um pouco mais para aquelas que considerar mais difíceis.
3- FÁCIL. Comece por responder às questões que considerar mais fáceis.
4- ESQUEMA. Nunca deixe a folha de rascunho em branco. Faça um esquema da resposta com os tópicos da pergunta.
5- ORDENADO. Uma boa maneira para evitar “andar em círculos”, repetindo a mesma ideia vezes sem conta é estruturar bem a resposta em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Escreva tudo.
6- BEBER AS FONTES (DOCUMENTOS). O esquema de resposta deverá incluir sempre as conclusões da analise dos documentos, contextualizar, temporal, e espacialmente, bem como os conceitos fundamentais.
7- ESCREVER. É preciso ir com calma. Atenção aos erros ortográficos. Tais como os nomes de líderes políticos tratados, conceitos e lugares corretos.
8- RELER. A leitura final do teste, antes de o entregar, deve ser feita pausadamente e com objetivo de detetar lacunas de informação e de melhorar a expressão escrita.
sábado, 8 de setembro de 2012
PERIODIZAÇÃO EM HISTÓRIA
No conceito de tempo histórico, período é a dimensão temporal decorrida entre dois factos ou mesmo duas épocas, de maior ou menor dimensão cronológica. Esta noção abrange, no conceito mais lato de periodização histórica, as divisões da História, podendo traduzir-se por "época". O período será assim o tempo histórico considerado entre acontecimentos (ou factos) fundamentais e convencionalmente definidos para balizar o seu princípio e fim. Existem períodos longos e períodos curtos, os quais se encaixam no âmbito de ocorrência dos de maior dimensão, por conseguinte. Os critérios de periodização da história são diversos e resultantes de vários fatores ou circunstâncias históricas, consoante a análise e perspetivação dos contextos espácio-temporais que os enquadram. Por período poder-se-á assim entender também época histórica:
- Pré-história (da origem do homem à invenção da escrita), englobando períodos menores como o Paleolítico (c. 2 000 000 anos - 10 000 a. C.) e o Neolítico (c. 10 000 - c. 4 000 a. C.)
- História - c. 4 000 - ? (a proto-história pode-se englobar neste macroperíodo)
- História Antiga/ Antiguidade - c. 4 000 a. C - 476 (queda Império Romano do ocidente)
- Idade Média - 476 - 1453 (tomada de Constantinopla pelos Turcos)
- Época Moderna - 1453 - 1789 (Revolução Francesa)
- História Contemporânea - até aos nossos dias
Estas datações são variáveis no tempo e no espaço e na ótica dos historiadores e das várias correntes historiográficas. Podem-se dividir cada um outros períodos (Épocas Pré-Clássica e Clássica, na Antiguidade, por exemplo). Dentro destes períodos da História, surgem as noções de tempo longo (estrutura) e tempo curto (conjuntura, ciclo, facto).
- História - c. 4 000 - ? (a proto-história pode-se englobar neste macroperíodo)
- História Antiga/ Antiguidade - c. 4 000 a. C - 476 (queda Império Romano do ocidente)
- Idade Média - 476 - 1453 (tomada de Constantinopla pelos Turcos)
- Época Moderna - 1453 - 1789 (Revolução Francesa)
- História Contemporânea - até aos nossos dias
Estas datações são variáveis no tempo e no espaço e na ótica dos historiadores e das várias correntes historiográficas. Podem-se dividir cada um outros períodos (Épocas Pré-Clássica e Clássica, na Antiguidade, por exemplo). Dentro destes períodos da História, surgem as noções de tempo longo (estrutura) e tempo curto (conjuntura, ciclo, facto).
NUMERAÇÃO ROMANA
Como funcionava o sistema de numeração Romana?
1:I
5:V
10:X
50:L
100:C
500:D
1000:M
Repetindo cada símbolo duas ou três vezes (nunca mais que três) o número fica duas ou três vezes maior: Os símbolos V, L e D não se repetem.
2:II
3:III
20:XX
30:XXX
200CC
300CCC
2000MM
3000MMM
As letras I, X ou C colocam-se à esquerda de outras de maior valor para representar a diferença deles, obedecendo às seguintes regras:
I só se coloca à esquerda de V ou de X;
X só se coloca à esquerda de L ou de C;
C só se coloca à esquerda de D ou de M;
Se a um símbolo colocarmos à sua direita um símbolo de menor valor, este último símbolo soma o seu valor ao valor do outro. Assim:
6:VI (5+1)
12:XII (10+2)
53:LIII (50+3)
110:CX (100+10)
Se a um símbolo colocarmos à sua esquerda um símbolo de menor valor, este símbolo diminui o seu valor ao valor do outro:
4:IV (5-1)
9:IX (10-1)
40:XL (50-10)
90:XC (100-10)
400: CD (500-100)
900:CM (1000-100)
Cada barra sobreposta a uma letra ou a um grupo de letras multiplica o seu valor por mil:
_
V:5000
_
XV:15000
_ _
IV: 4000000
_
L:50000
FICHA DE TRABALHO
1.Representa em numeração Romana os números da tabela:
49
64
99
4444
12453
8008008
2.Representa em numeração Árabe os números da tabela:
CCCL
CCXX
DCCV
CCCLIX
MCLXII
CMXLIV
3.Completa as frases com a data em numeração Romana:
Portugal tornou-se um reino independente em_____ . (1143);
Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões foram publicados a primeira vez em_____ . (1572);
Em Portugal, a República substituiu a Monarquia em_____ . (1910);
O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em ______ . (1888);
O "25 de Abril" deu-se em______ . (1974)
Um desafio...
Quantos números se podem representar, no sistema de numeração romano, utilizando exactamente três fósforos?
Uma Curiosidade...
Os Romanos, frequentemente, escreviam IIII (4) em vez de IV. Isto, ainda hoje, pode observar-se nas esferas de alguns relógios. A numeração romana usou-se na numeração de livros nos países europeus até ao século XVIII.
Soluções:
Numeração Romana:
1.
XLIX
LXIV
XCIX
IVCDXLIV
XIICDLIII
VIIIVIII
2.
350
220
705
359
1162
944
3. As datas são as seguintes:
MCXLIII; MDLXXII; MCMX; MDCCCLXXXVIII; MCMLXXIV.
Resposta ao desafio:
As hipóteses possíveis são: III, VI, IV, IX, XI, LI, C(sem ser curvo), V , L e X. Ou seja, são dez hipóteses!
AGORA OBSERVA!!!

As 7 letras que os Romanos utilizavam como numerais são:
1:I
5:V
10:X
50:L
100:C
500:D
1000:M
Repetindo cada símbolo duas ou três vezes (nunca mais que três) o número fica duas ou três vezes maior: Os símbolos V, L e D não se repetem.
2:II
3:III
20:XX
30:XXX
200CC
300CCC
2000MM
3000MMM
As letras I, X ou C colocam-se à esquerda de outras de maior valor para representar a diferença deles, obedecendo às seguintes regras:
I só se coloca à esquerda de V ou de X;
X só se coloca à esquerda de L ou de C;
C só se coloca à esquerda de D ou de M;
Se a um símbolo colocarmos à sua direita um símbolo de menor valor, este último símbolo soma o seu valor ao valor do outro. Assim:
6:VI (5+1)
12:XII (10+2)
53:LIII (50+3)
110:CX (100+10)
Se a um símbolo colocarmos à sua esquerda um símbolo de menor valor, este símbolo diminui o seu valor ao valor do outro:
4:IV (5-1)
9:IX (10-1)
40:XL (50-10)
90:XC (100-10)
400: CD (500-100)
900:CM (1000-100)
Cada barra sobreposta a uma letra ou a um grupo de letras multiplica o seu valor por mil:
_
V:5000
_
XV:15000
_ _
IV: 4000000
_
L:50000
FICHA DE TRABALHO
1.Representa em numeração Romana os números da tabela:
49
64
99
4444
12453
8008008
2.Representa em numeração Árabe os números da tabela:
CCCL
CCXX
DCCV
CCCLIX
MCLXII
CMXLIV
3.Completa as frases com a data em numeração Romana:
Portugal tornou-se um reino independente em_____ . (1143);
Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões foram publicados a primeira vez em_____ . (1572);
Em Portugal, a República substituiu a Monarquia em_____ . (1910);
O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em ______ . (1888);
O "25 de Abril" deu-se em______ . (1974)
Um desafio...
Quantos números se podem representar, no sistema de numeração romano, utilizando exactamente três fósforos?
Uma Curiosidade...
Os Romanos, frequentemente, escreviam IIII (4) em vez de IV. Isto, ainda hoje, pode observar-se nas esferas de alguns relógios. A numeração romana usou-se na numeração de livros nos países europeus até ao século XVIII.
Soluções:
Numeração Romana:
1.
XLIX
LXIV
XCIX
IVCDXLIV
XIICDLIII
VIIIVIII
2.
350
220
705
359
1162
944
3. As datas são as seguintes:
MCXLIII; MDLXXII; MCMX; MDCCCLXXXVIII; MCMLXXIV.
Resposta ao desafio:
As hipóteses possíveis são: III, VI, IV, IX, XI, LI, C(sem ser curvo), V , L e X. Ou seja, são dez hipóteses!
AGORA OBSERVA!!!

APRENDER A LINGUAGEM DO TEMPO HISTÓRICO
A Cronologia é a ciência do tempo, que se ocupa a ordenar e datar os acontecimentos. Desde cedo, os Homens arranjaram marcos a partir dos quais faziam a contagem dos anos. Assim nasceram as Eras.
Hoje, o mundo rege-se pela Era Cristã, mas nem sempre foi assim, como podes ver na tabela
ERA
…das Olimpíadas
…da fundação de Roma
…de César ou Hispânica (1)
…de Cristo (2)
…de Maomé
ACONTECIMENTO ESCOLHIDO PARA O INÍCIO DA CONTAGEM
Primeiros Jogos Olímpicos
Fundação de Roma
Conquista definitiva da Península Ibérica pelos Romanos
Nascimento de Cristo
Hégira (fuga de Maomé de Meca para Medina)
ANO DO INÍCIO DA CONTAGEM
776 a.C.
753 a.C.
38 a.C.
1 d.C.
622 d.C
1 – A Era de César ou Hispânica foi usada em Portugal até 1422 (Reinado de D. João I).
2 – A era universalmente adoptada: Era Cristã.
BARRA CRONOLÓGICA
PRÉ-HISTÓRIA
Antes da invenção da escrita:
IDADE DA PEDRA
PALEOLÍTICO: Do aparecimento do Homem à invenção da agricultura.
NEOLÍTICO: Da invenção da agricultura à invenção da escrita.
HISTÓRIA
Depois da invenção da escrita:
IDADE ANTIGA: Do 4.º milénio a.C. (invenção da escrita) a 476 d.C. (queda do Império Romano do Ocidente).
CIVILIZAÇÕES PRÉ-CLÁSSICAS: Do 4.º milénio a.C. (invenção da escrita) ao início do século V a.C. (apogeu grego).
CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS: Do século V a.C. a 476 d.C. (civilizações grega e romana).
IDADE MÉDIA: De 476 d.C. a 1453 d.C. (queda do Império Romano do Oriente – Império Bizantino).
IDADE MODERNA: De 1453 a 1789 (início da Revolução Francesa)
IDADE CONTEMPORÂNEA: De 1789 aos nossos dias.
A CONTAGEM DO TEMPO
A contagem do tempo é feita em função da data do nascimento de Cristo (Era Cristã). Se um facto ocorreu antes, acrescentamos à frente da data a sigla a.C.; se aconteceu depois, não precisamos de acrescentar a sigla d.C. (embora nada nos proíba de o fazer).
Antes de Cristo (a.C.) Depois de Cristo (d.C.)
ANOS: 400 a.C. 300 a.C. 200 a.C. 100 a.C. 1 a.C._ Nascimento de Cristo_1 100 200 300 400
SÉCULOS: IV a.C III a.C. II a.C I a.C. I II III IV
Podemos, também, agrupar os anos em conjuntos, como nos seguintes exemplos:
DESIGNAÇÃO / Nº DE ANOS
Um lustro / 5
Uma década / 10
Um século / 100
Um milénio / 1000
CONVERSÃO DE SÉCULOS EM ANOS E ANOS EM SÉCULOS
Quando começa e quando termina um século? Eis alguns exemplos para perceberes:
Século I : Do ano 1 até ao fim do ano 100
Século II: Do ano 101 até ao fim do ano 200
Século XI: Do ano 1001 até ao fim do ano 1100
Século XVI: Do ano 1501 até ao fim do ano 1600
Século XX: Do ano 1901 até ao fim do ano 2000
Século XXI: Do ano 2001 até ao fim do ano 2100
Quando uma data termina em dois zeros, o número das centenas indica o século
Assim: O ANO PERTENCE AO:
100 : Século I
1000: Século X
1100: Século XI
2000: Século XX
Quando uma data não termina em zeros, soma-se uma unidade (1) ao número das centenas:
Assim:O ANO PERTENCE AO:
044 a.C Século I a.C. (0 + 1 = 1) (as datas antes de Cristo são sempre assinaladas com a sigla a.C.)
014 Século I (0 + 1 = 1) (as datas depois de Cristo não precisam de ser assinaladas com a sigla d.C.)
476 Século V (4 + 1 = 5)
1998 Século XX (19 + 1 = 20)
2008 Século XXI (20 + 1 = 21)
Hoje, o mundo rege-se pela Era Cristã, mas nem sempre foi assim, como podes ver na tabela
ERA
…das Olimpíadas
…da fundação de Roma
…de César ou Hispânica (1)
…de Cristo (2)
…de Maomé
ACONTECIMENTO ESCOLHIDO PARA O INÍCIO DA CONTAGEM
Primeiros Jogos Olímpicos
Fundação de Roma
Conquista definitiva da Península Ibérica pelos Romanos
Nascimento de Cristo
Hégira (fuga de Maomé de Meca para Medina)
ANO DO INÍCIO DA CONTAGEM
776 a.C.
753 a.C.
38 a.C.
1 d.C.
622 d.C
1 – A Era de César ou Hispânica foi usada em Portugal até 1422 (Reinado de D. João I).
2 – A era universalmente adoptada: Era Cristã.
BARRA CRONOLÓGICA
PRÉ-HISTÓRIA
Antes da invenção da escrita:
IDADE DA PEDRA
PALEOLÍTICO: Do aparecimento do Homem à invenção da agricultura.
NEOLÍTICO: Da invenção da agricultura à invenção da escrita.
HISTÓRIA
Depois da invenção da escrita:
IDADE ANTIGA: Do 4.º milénio a.C. (invenção da escrita) a 476 d.C. (queda do Império Romano do Ocidente).
CIVILIZAÇÕES PRÉ-CLÁSSICAS: Do 4.º milénio a.C. (invenção da escrita) ao início do século V a.C. (apogeu grego).
CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS: Do século V a.C. a 476 d.C. (civilizações grega e romana).
IDADE MÉDIA: De 476 d.C. a 1453 d.C. (queda do Império Romano do Oriente – Império Bizantino).
IDADE MODERNA: De 1453 a 1789 (início da Revolução Francesa)
IDADE CONTEMPORÂNEA: De 1789 aos nossos dias.
A CONTAGEM DO TEMPO
A contagem do tempo é feita em função da data do nascimento de Cristo (Era Cristã). Se um facto ocorreu antes, acrescentamos à frente da data a sigla a.C.; se aconteceu depois, não precisamos de acrescentar a sigla d.C. (embora nada nos proíba de o fazer).
Antes de Cristo (a.C.) Depois de Cristo (d.C.)
ANOS: 400 a.C. 300 a.C. 200 a.C. 100 a.C. 1 a.C._ Nascimento de Cristo_1 100 200 300 400
SÉCULOS: IV a.C III a.C. II a.C I a.C. I II III IV
Podemos, também, agrupar os anos em conjuntos, como nos seguintes exemplos:
DESIGNAÇÃO / Nº DE ANOS
Um lustro / 5
Uma década / 10
Um século / 100
Um milénio / 1000
CONVERSÃO DE SÉCULOS EM ANOS E ANOS EM SÉCULOS
Quando começa e quando termina um século? Eis alguns exemplos para perceberes:
Século I : Do ano 1 até ao fim do ano 100
Século II: Do ano 101 até ao fim do ano 200
Século XI: Do ano 1001 até ao fim do ano 1100
Século XVI: Do ano 1501 até ao fim do ano 1600
Século XX: Do ano 1901 até ao fim do ano 2000
Século XXI: Do ano 2001 até ao fim do ano 2100
Quando uma data termina em dois zeros, o número das centenas indica o século
Assim: O ANO PERTENCE AO:
100 : Século I
1000: Século X
1100: Século XI
2000: Século XX
Quando uma data não termina em zeros, soma-se uma unidade (1) ao número das centenas:
Assim:O ANO PERTENCE AO:
044 a.C Século I a.C. (0 + 1 = 1) (as datas antes de Cristo são sempre assinaladas com a sigla a.C.)
014 Século I (0 + 1 = 1) (as datas depois de Cristo não precisam de ser assinaladas com a sigla d.C.)
476 Século V (4 + 1 = 5)
1998 Século XX (19 + 1 = 20)
2008 Século XXI (20 + 1 = 21)
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