Um pequeno exercício
1. Lê atentamente, as fontes 1 a 10.
1.1. Atribui um título a cada uma das fontes,
inserindo-as numa das vanguardas artísticas que estudaste.
1.2. Justifica a tua opção.
Fonte 1
«Fui seduzido pela cor. (…) As cores tornaram-se dinamite.
Elas são detonadas pela luz.» (André
Derain, 1903)
André Derain, Porto de Pesca (1905)
Fonte 2
«Apenas o desejo inexplicável de captar aquilo que vi e
senti e de encontrar a expressão mais pura para isso.» (Karl
Schmidt-Rottluff, 1910)
Max Pechstein, Três nus numa paisagem, 1911
«O nome, nós o achámos quando estávamos sentados numa mesa
de um café de Sindelsdorf; ambos amávamos o azul, (Franz) Marc os cavalos e eu
os cavaleiros. Assim o nome veio por si.»(Vassily Kandinsky, 1930)
Franz Marc, Grandes Cavalos Azuis, 1911
Fonte 4
«Não se deve querer fazer uma vez mais aquilo que a natureza
já fez perfeito. Não se deve querer parecer verdadeiro pela imitação das coisas
que são transitórias e mutáveis e que nos parecem ilusoriamente imutáveis. As
coisas em si não existem. Só existem através de nós (…). Os sentimentos
deformam, o espírito forma. Só há certezas naquilo que o espírito engendra (…)
Gosto da disciplina que corrige a emoção.» (Georges Braque)
Georges Braque, Viaduto em l'Estaque, 1908
Fonte 5
«Muitas vezes utilizei folhas de jornal para as minhas colagens
a papel, mas não para fazer um jornal.» (Picasso)
Pablo Picasso, Guitarra, 1913
Fonte 6
«A obra de arte reflete-se à superfície da consciência. Ela
encontra-se “mais longe” (…) Há ali também como o vidro transparente, mas duro
e rígido, que impede todo o contacto direto e íntimo. Lá, ainda, temos a
possibilidade de penetrar na obra, de aí nos tornarmos ativos e de viver a sua
pulsação através de todos os nossos sentidos.» (Vassily Kandinsky)
Kandinsky, Improvisação no desfiladeiro, 1914
Fonte 7
«Para que uma arte se torne abstrata, quer dizer, para que
não revele nenhuma relação com o aspeto natural das coisas reveste fundamental
importância a lei da desnaturalização da natureza. Em pintura, a cor primária
mais pura possível é o que produz essa abstração da cor natural.» (Piet
Mondrian)
Piet Mondrian, Composição com amarelo, azul e vermelho, 1921
Fonte 8
«Apreciemos o ruído das vozes, a divisão matemática do
trabalho nos laboratórios, os apitos dos comboios, a confusão das plataformas
da estação e da agitação! E a velocidade! E a precisão! Apreciemos o som das
sirenes (…), o som dos motores e o som incomodativo das cadeias de montagem.» (Umberto
Boccioni, 1912)
Luigi Russolo, Dinamismo do Automóvel, 1913
Fonte 9
«Sentia-me livre e sentia a necessidade de gritar a minha
alegria ao mundo … também é possível gritar com materiais degradados, e foi o
que fiz, colando-os e pregando-os com pregos.» (Kurt Schwitters, 1919)
Marcel Duchamp, Roda de Bicicleta, 1913
Fonte 10
«Creio na futura dissolução destes aparentemente
contraditórios estados de sonho e de realidade numa espécie de realidade
absoluta, que se poderia dizer: sur-realité.» (André Breton, 1924)
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