HISTÓRIA 12 A: Curso Científico - Humanístico Línguas e Humanidades ------ Marc Bloch define a História como a “Ciência dos homens, no tempo” uma vez que estuda os homens, sua produção e suas relações sociais, políticas, económicas e culturais num determinado espaço e tempo.
sábado, 26 de julho de 2014
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Parecer sobre a prova de exame nacional de História A – 623- – 2ª fase – 2013/2014 –
Parecer sobre a prova de exame nacional de História A – 623
– 2ª fase – 2013/2014 –
- APH -
A prova de História A do Ensino Secundário da 2ª fase segue de perto a estrutura da prova da 1ª fase, respeitando assim a Informação-Exame.As questões incidem sobre os conteúdos de aprofundamento dos módulos 4 e 6 do 11º e dos módulos 7 e 8 dos 12º anos, com maior peso para os conteúdos relativos ao 12º ano, sendo os documentos utilizados adequados às questões colocadas.
Considera-se, no entanto, que os itens de seleção, sobretudo os de ordenação e de associação, podiam estar mais diretamente relacionados com a interpretação e análise das fontes apresentadas.
Tal como na prova da 1ª fase os critérios de classificação estão bem estruturados, respeitando-se uma maior abrangência do leque de respostas, apesar de se continuar a considerar que nalguns itens de composição os tópicos propostos na resposta vão além da interpretação possível a partir das fontes.
A Associação de Professores de História
Lisboa, 21 de julho de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
PORTUGAL: DO ESTABELECIMENTO DA DEMOCRACIA À INTEGRAÇÃO EUROPEIA
Documento 1
É uma visão idílica imaginar que o Mercado Comum é uma associação de países ricos filantrópicos prontos a «ajudar» os países mais atrasados.
[…] Os países do Mercado Comum defendem os seus interesses próprios e a esses interesses estão prontos a sacrificar os interesses dos outros países.
Quando defendem ou admitem o alargamento do Mercado Comum a Portugal, Espanha e Grécia, não é para ajudarem os países que estão fora, mas para que a entrada desses países sirva os interesses dos nove que já lá estão dentro.
[…] Procuram apresentar o Mercado Comum como uma zona de desenvolvimento, de progresso, de bem-estar e de pleno emprego. Em vez de desenvolvimento harmonioso, equilibrado e progressivo, acentua-se a desigualdade do desenvolvimento, a estagnação, a recessão em importantes sectores e a queda progressiva da taxa de desenvolvimento geral. […] Com os problemas existentes no Mercado Comum, a integração de Portugal faria pesar sobre o nosso país numerosos fatores da crise […].
O Mercado Comum procuraria fazer estagnar, submeter, absorver ou liquidar sectores da economia portuguesa concorrentes com os sectores em crise no Mercado Comum [...] e procuraria apropriar-se dos recursos portugueses. Uma tal associação em termos de desigualdade e sem reciprocidade de vantagens não interessa a Portugal. Por isso mesmo estamos contra.
[…] Nós, comunistas, não aceitamos que as decisões acerca dos problemas nacionais caibam ao imperialismo, caibam ao estrangeiro. Quanto mais se aprofunda o estudo e a análise, mais se fortalece a certeza de que a integração de Portugal […] representaria a […] restauração dos monopólios.
Documento 2
Para Portugal, a adesão à CEE representa uma opção fundamental por um futuro de progresso e de modernidade. Mas não se pense que seja uma opção de facilidade.
Exige muito dos portugueses, embora lhes abra simultaneamente largas perspetivas de desenvolvimento.
Por outro lado, constitui a consequência natural do processo de democratização da sociedade portuguesa, iniciado com a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, e igualmente da descolonização que se lhe seguiu, feita com atraso de vinte anos em relação aos outros países europeus [...].
A tarefa primordial que nos ocupará a partir de agora será a de reduzirmos cada vez mais a distância que ainda nos separa dos países desenvolvidos da Europa, criando para os portugueses padrões de vida e de bem-estar verdadeiramente europeus.
[…] Principais beneficiários da integração europeia, os jovens terão agora de saber mobilizar-se para a grande tarefa nacional do desenvolvimento e da modernização, por forma a que Portugal venha a ser não só terra de liberdade, de convivência cívica e de tolerância, mas também um espaço de prosperidade, de desenvolvimento científico e tecnológico e de justiça social.
Honro-me de ter sido quem assinou, em nome do governo da República, o pedido de adesão de Portugal à CEE, em março de 1977.
[…] Nas mãos […] de todos os portugueses […] está o futuro de Portugal, para cuja construção não faltarão, a partir de agora, os estímulos e as ajudas necessárias. Não estamos mais isolados. A solidariedade europeia não nos faltará, como hoje aqui ficou comprovado com a presença de qualificados representantes de todos os Estados da Comunidade.
A opção europeia – perspetiva de Álvaro Cunhal (1980)
É uma visão idílica imaginar que o Mercado Comum é uma associação de países ricos filantrópicos prontos a «ajudar» os países mais atrasados.
[…] Os países do Mercado Comum defendem os seus interesses próprios e a esses interesses estão prontos a sacrificar os interesses dos outros países.
Quando defendem ou admitem o alargamento do Mercado Comum a Portugal, Espanha e Grécia, não é para ajudarem os países que estão fora, mas para que a entrada desses países sirva os interesses dos nove que já lá estão dentro.
[…] Procuram apresentar o Mercado Comum como uma zona de desenvolvimento, de progresso, de bem-estar e de pleno emprego. Em vez de desenvolvimento harmonioso, equilibrado e progressivo, acentua-se a desigualdade do desenvolvimento, a estagnação, a recessão em importantes sectores e a queda progressiva da taxa de desenvolvimento geral. […] Com os problemas existentes no Mercado Comum, a integração de Portugal faria pesar sobre o nosso país numerosos fatores da crise […].
O Mercado Comum procuraria fazer estagnar, submeter, absorver ou liquidar sectores da economia portuguesa concorrentes com os sectores em crise no Mercado Comum [...] e procuraria apropriar-se dos recursos portugueses. Uma tal associação em termos de desigualdade e sem reciprocidade de vantagens não interessa a Portugal. Por isso mesmo estamos contra.
[…] Nós, comunistas, não aceitamos que as decisões acerca dos problemas nacionais caibam ao imperialismo, caibam ao estrangeiro. Quanto mais se aprofunda o estudo e a análise, mais se fortalece a certeza de que a integração de Portugal […] representaria a […] restauração dos monopólios.
Documento 2
A opção europeia – perspetiva de Mário Soares (1985)
Para Portugal, a adesão à CEE representa uma opção fundamental por um futuro de progresso e de modernidade. Mas não se pense que seja uma opção de facilidade.
Exige muito dos portugueses, embora lhes abra simultaneamente largas perspetivas de desenvolvimento.
Por outro lado, constitui a consequência natural do processo de democratização da sociedade portuguesa, iniciado com a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, e igualmente da descolonização que se lhe seguiu, feita com atraso de vinte anos em relação aos outros países europeus [...].
A tarefa primordial que nos ocupará a partir de agora será a de reduzirmos cada vez mais a distância que ainda nos separa dos países desenvolvidos da Europa, criando para os portugueses padrões de vida e de bem-estar verdadeiramente europeus.
[…] Principais beneficiários da integração europeia, os jovens terão agora de saber mobilizar-se para a grande tarefa nacional do desenvolvimento e da modernização, por forma a que Portugal venha a ser não só terra de liberdade, de convivência cívica e de tolerância, mas também um espaço de prosperidade, de desenvolvimento científico e tecnológico e de justiça social.
Honro-me de ter sido quem assinou, em nome do governo da República, o pedido de adesão de Portugal à CEE, em março de 1977.
[…] Nas mãos […] de todos os portugueses […] está o futuro de Portugal, para cuja construção não faltarão, a partir de agora, os estímulos e as ajudas necessárias. Não estamos mais isolados. A solidariedade europeia não nos faltará, como hoje aqui ficou comprovado com a presença de qualificados representantes de todos os Estados da Comunidade.
Cartazes:Plano Marshall
Cartaz alemão (1950) Concurso promovido pelo Plano Marshall, com o tema Cooperação Intereuropeia ERP European Reunification Program ERP: European Recovery Program, |
Vítimas do campo de concentração de Auschwitz (1940-1945)
Forno crematório, no campo de Auschwitz.
Ao lado, corpo de um prisioneiro
sendo colocado num desses fornos.
|
Fornos crematórios |
Auschwitz
Campo de concentração
em Oswiecim, Polónia
Portão principal de Auschwitz I
onde se lê a frase
"Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta").
|
Prisioneiros libertados pelos soviéticos em 27 de janeiro de 1945. |
Subscrever:
Mensagens (Atom)