A Segunda Guerra Mundial, que abalou o Mundo e a sua ordem, não trouxe modificações de vulto ao nosso país. Pequeno e periférico, governado por um regime que não soube acompanhar a História. Portugal evoluiu lentamente acumulando distâncias relativamente ao mundo ocidental. Enquanto outros países mergulhavam a fundo na dinâmica dos “Trinta Gloriosos”, Portugal desligava-se com dificuldade dos valores da ruralidade que enformaram o salazarismo. O país foi-se industrializando mas continuou pobre e atrasado, entregando os seus filhos à emigração. Nos anos 60, cerca de um milhão de portugueses deixou a pátria, rumo às nações mais desenvolvidas. Entretanto, a ditadura consegue sobreviver aos ventos democráticos do pós-guerra. Simulando uma abertura que, de facto, não existiu, o regime encena atos eleitorais que a nada conduzem. Sólido como uma rocha, Salazar resiste mesmo à mais dura das provas: a Guerra Colonial. Em 1968, uma doença grave afasta finalmente o velho ditador do poder. Marcello Caetano, que o substitui, tenta, em vão, viabilizar o regime. Em 25 de Abril de 1974, um golpe militar derruba-o quase sem resistência e abre uma nova etapa na História do país. Nos dois anos que se seguiram, Portugal viveu horas difíceis de afrontamentos políticos e graves tensões sociais. Viveu, também, o drama de uma descolonização apressada e tumultuosa. Mas soube restabelecer as liberdades cívicas, consolidá-las e ocupar um lugar que lhe cabe entre as nações democráticas do Mundo.
HISTÓRIA 12 A: Curso Científico - Humanístico Línguas e Humanidades ------ Marc Bloch define a História como a “Ciência dos homens, no tempo” uma vez que estuda os homens, sua produção e suas relações sociais, políticas, económicas e culturais num determinado espaço e tempo.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
CONTEXTUALIZAÇÃO: MÓDULO 8: UNIDADE 2
A Segunda Guerra Mundial, que abalou o Mundo e a sua ordem, não trouxe modificações de vulto ao nosso país. Pequeno e periférico, governado por um regime que não soube acompanhar a História. Portugal evoluiu lentamente acumulando distâncias relativamente ao mundo ocidental. Enquanto outros países mergulhavam a fundo na dinâmica dos “Trinta Gloriosos”, Portugal desligava-se com dificuldade dos valores da ruralidade que enformaram o salazarismo. O país foi-se industrializando mas continuou pobre e atrasado, entregando os seus filhos à emigração. Nos anos 60, cerca de um milhão de portugueses deixou a pátria, rumo às nações mais desenvolvidas. Entretanto, a ditadura consegue sobreviver aos ventos democráticos do pós-guerra. Simulando uma abertura que, de facto, não existiu, o regime encena atos eleitorais que a nada conduzem. Sólido como uma rocha, Salazar resiste mesmo à mais dura das provas: a Guerra Colonial. Em 1968, uma doença grave afasta finalmente o velho ditador do poder. Marcello Caetano, que o substitui, tenta, em vão, viabilizar o regime. Em 25 de Abril de 1974, um golpe militar derruba-o quase sem resistência e abre uma nova etapa na História do país. Nos dois anos que se seguiram, Portugal viveu horas difíceis de afrontamentos políticos e graves tensões sociais. Viveu, também, o drama de uma descolonização apressada e tumultuosa. Mas soube restabelecer as liberdades cívicas, consolidá-las e ocupar um lugar que lhe cabe entre as nações democráticas do Mundo.
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