Grupo terrorista: Al-Qaeda
( 2002):
As origens da rede Al-Qaeda remontam a finais da década de 1980, aquando da ocupação soviética no Afeganistão. Bin Laden reuniu e uniu os muçulmanos em redor da causa islâmica para expulsar o inimigo ocidental e os seus aliados no mundo islâmico. Em finais da década de 1990, a Al-Qaeda passou a afirmar-se como uma rede terrorista internacional. O cabecilha desta rede foi, desde o início, Osama bin Laden, um milionário saudita cujo grande objectivo é, desde sempre, derrubar o “inimigo” ocidental (cujo expoente máximo são os EUA) e fazer valer o fundamentalismo islâmico.
A Al-Qaeda tem como ideologia de base o fundamentalismo islâmico, uma interpretação violenta e radical do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, que determina o uso do terrorismo como arma para alcançar os objectivos a que se propõe, que são a expulsão dos americanos (o inimigo n.º 1) dos países muçulmanos e a queda dos governos considerados heréticos. Para isso, a principal acção é a jihad, ou guerra santa, contra as potências do Ocidente e contra o “ocupante israelita”. Uma das características mais distintivas da Al-Qaeda é o seu modo de actuar.
Os membros destacados para determinado ataque terrorista podem demorar anos a preparar esse ataque, para que tudo seja calculado ao pormenor, com o fim de alcançar o máximo de objectivos traçados. Os operacionais suicidas são uma constante, assim como a ausência de pré-aviso e, muitas vezes, de reivindicação da autoria dos atentados. O que é mais preocupante no modus operandi dos ataques da Al-Qaeda é a preocupação que os seus membros parecem ter em preparar tudo ao pormenor, fazendo um planeamento meticuloso das operações e proporcionando treinos intensivos e específicos para os operacionais.
A rede Al-Qaeda funciona com uma estrutura de células, espalhadas por todo o mundo. Este tipo de estrutura causa enormes dificuldades aos combates ao terrorismo porque é difícil estabelecer laços de relação entre as várias células e os dirigentes da rede. Para dificultar ainda mais o trabalho das forças policiais mundiais, muitas células desconhecem a existência de outras, o que faz com que a rede vá “alastrando” de uma forma quase invisível. Só os dirigentes da rede têm conhecimento total da rede. No topo da hierarquia da rede está Osama bin Laden. Os operacionais da Al-Qaeda passam por um conjunto de avaliações por parte dos dirigentes até serem enviados para os campos de treino da rede. Depois de receberem o treino destinado a actividades terroristas, são enviados para as várias células espalhadas pelo mundo (Arábia Saudita, Argélia, Azerbaijão, Bahrein, Bangladesh, Birmânia, Bósnia-Herzegovina, China, Cisjordânia, Daguestão, Egipto, Eritreia, Etiópia, Faixa de Gaza, Filipinas, Iémen, Indonésia, Iraque, Jordânia, Kosovo, Kuwait, Líbano, Líbia, Malásia, Marrocos, Paquistão, Quénia, Síria, Somália, Sudão, Tajiquistão, Tanzânia, Tchetchénia, Tunísia, Turquia, Uganda e Uzbequistão).
A Al-Qaeda conta já com várias acusações de atentados terroristas. Entre elas, destacam-se: - três atentados bombistas no Iémen contra soldados norte-americanos envolvidos numa operação humanitária, em Dezembro de 1992; - atentado à bomba no World Trade Center que causou 6 mortos e centenas de feridos, em Fevereiro de 1993; tentativa de assassinato do presidente egípcio, Hosni Mubarak, em Junho de 1995; - atentado com carro armadilhado à Embaixada egípcia no Paquistão, do qual resultaram vinte mortos, em 1995; atentados contra as Embaixadas dos EUA em Nairobi (Quénia), dos quais resultaram 224 mortos, em Agosto de 1998; - atentados ao World Trade Center e ao Pentágono, EUA, dos quais resultaram a destruição total das Torres Gémeas, danos bastante extensos no Pentágono e a morte de cerca de 6000 pessoas, em Setembro de 2001.
Fonte: Público online
Osama bin Laden - Líder do movimento Al-Qaeda (A Base),
Osama bin Laden nasceu em Riad, na Arábia Saudita, e foi o 17.º dos 52 filhos de um rico construtor civil da Arábia Saudita, proveniente do Iémen. Aos 22 anos, foi aconselhado pelo chefe dos serviços secretos sauditas para, com a ajuda da fortuna da família, começar a treinar combatentes para lutar contra os soviéticos no Afeganistão. Bin Laden deixou a Arábia Saudita em 1979 para lutar contra a invasão do Afeganistão por parte da União Soviética.
Recebeu então treino de segurança por parte da CIA. Posteriormente, fundou o Maktab al-Khichmat e recrutou homens para ajudar na resistência contra Moscovo. Após a retirada soviética, os “afegãos árabes”, como o movimento de bin Laden lhes passou a chamar, direccionaram os seus ataques contra os EUA e os seus aliados no Médio Oriente.
Com o fim da guerra afegã, bin Laden regressou à Arábia Saudita para trabalhar nos negócios da família, mas foi expulso em 1991 e foi-lhe retirada a nacionalidade em 1994, por causa das suas actividades anti-governamentais e sob a acusação de se ter vendido à América. Bin Laden refugiou-se no Sudão durante cinco anos, mas, pressionadas pela comunidade internacional, as autoridades de Cartum expulsaram-no. Os talibã afegãos abriram-lhe, então, as portas. Segundo especialistas em terrorismo, bin Laden utiliza a sua riqueza para financiar os ataques contra os EUA. O Departamento de Estado dos EUA considera-o um dos maiores patrocinadores das actividades extremistas islâmicas. Segundo os EUA, bin Laden esteve envolvido no ataque ao World Trade Center, em 1993, na morte de dezanove soldados americanos em1996, na Arábia Saudita e nos bombardeamentos das embaixadas dos EUA em Dar es Salaam, na Tanzânia, em Nairobi, no Quénia. Nestas embaixadas morreram mais de duzentos civis. Bin Laden recusa qualquer envolvimento nestes ataques.
Alguns analistas afirmam que bin Laden pertence a um movimento islâmico internacional, que engloba grupos egípcios, líbios, sauditas, entre outros, com o objectivo de reivindicar os três locais mais sagrados do Islão: Meca, Medina e Jerusalém. Bin Laden vive habitualmente refugiado no Afeganistão, onde gere campos de treino das suas milícias terroristas, sob a protecção das milícias talibã.
Os Estados Unidos acusam bin Laden de dirigir uma rede terrorista a partir daquele país.
A partir de 2001, bin Laden tornou-se o homem mais procurado do mundo, depois dos atentados de Setembro aos EUA. Apesar de nunca ter reivindicado a autoria dos atentados, bin Laden foi, desde o primeiro dia, o principal suspeito dos ataques, facto que desencadeou uma intervenção militar dos EUA e do Reino Unido no Afeganistão, numa verdadeira caça ao homem com o objectivo de capturar bin Laden e destruir os campos de treino terroristas neste país do Médio Oriente.
In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)
As origens da rede Al-Qaeda remontam a finais da década de 1980, aquando da ocupação soviética no Afeganistão. Bin Laden reuniu e uniu os muçulmanos em redor da causa islâmica para expulsar o inimigo ocidental e os seus aliados no mundo islâmico. Em finais da década de 1990, a Al-Qaeda passou a afirmar-se como uma rede terrorista internacional. O cabecilha desta rede foi, desde o início, Osama bin Laden, um milionário saudita cujo grande objectivo é, desde sempre, derrubar o “inimigo” ocidental (cujo expoente máximo são os EUA) e fazer valer o fundamentalismo islâmico.
A Al-Qaeda tem como ideologia de base o fundamentalismo islâmico, uma interpretação violenta e radical do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, que determina o uso do terrorismo como arma para alcançar os objectivos a que se propõe, que são a expulsão dos americanos (o inimigo n.º 1) dos países muçulmanos e a queda dos governos considerados heréticos. Para isso, a principal acção é a jihad, ou guerra santa, contra as potências do Ocidente e contra o “ocupante israelita”. Uma das características mais distintivas da Al-Qaeda é o seu modo de actuar.
Os membros destacados para determinado ataque terrorista podem demorar anos a preparar esse ataque, para que tudo seja calculado ao pormenor, com o fim de alcançar o máximo de objectivos traçados. Os operacionais suicidas são uma constante, assim como a ausência de pré-aviso e, muitas vezes, de reivindicação da autoria dos atentados. O que é mais preocupante no modus operandi dos ataques da Al-Qaeda é a preocupação que os seus membros parecem ter em preparar tudo ao pormenor, fazendo um planeamento meticuloso das operações e proporcionando treinos intensivos e específicos para os operacionais.
A rede Al-Qaeda funciona com uma estrutura de células, espalhadas por todo o mundo. Este tipo de estrutura causa enormes dificuldades aos combates ao terrorismo porque é difícil estabelecer laços de relação entre as várias células e os dirigentes da rede. Para dificultar ainda mais o trabalho das forças policiais mundiais, muitas células desconhecem a existência de outras, o que faz com que a rede vá “alastrando” de uma forma quase invisível. Só os dirigentes da rede têm conhecimento total da rede. No topo da hierarquia da rede está Osama bin Laden. Os operacionais da Al-Qaeda passam por um conjunto de avaliações por parte dos dirigentes até serem enviados para os campos de treino da rede. Depois de receberem o treino destinado a actividades terroristas, são enviados para as várias células espalhadas pelo mundo (Arábia Saudita, Argélia, Azerbaijão, Bahrein, Bangladesh, Birmânia, Bósnia-Herzegovina, China, Cisjordânia, Daguestão, Egipto, Eritreia, Etiópia, Faixa de Gaza, Filipinas, Iémen, Indonésia, Iraque, Jordânia, Kosovo, Kuwait, Líbano, Líbia, Malásia, Marrocos, Paquistão, Quénia, Síria, Somália, Sudão, Tajiquistão, Tanzânia, Tchetchénia, Tunísia, Turquia, Uganda e Uzbequistão).
A Al-Qaeda conta já com várias acusações de atentados terroristas. Entre elas, destacam-se: - três atentados bombistas no Iémen contra soldados norte-americanos envolvidos numa operação humanitária, em Dezembro de 1992; - atentado à bomba no World Trade Center que causou 6 mortos e centenas de feridos, em Fevereiro de 1993; tentativa de assassinato do presidente egípcio, Hosni Mubarak, em Junho de 1995; - atentado com carro armadilhado à Embaixada egípcia no Paquistão, do qual resultaram vinte mortos, em 1995; atentados contra as Embaixadas dos EUA em Nairobi (Quénia), dos quais resultaram 224 mortos, em Agosto de 1998; - atentados ao World Trade Center e ao Pentágono, EUA, dos quais resultaram a destruição total das Torres Gémeas, danos bastante extensos no Pentágono e a morte de cerca de 6000 pessoas, em Setembro de 2001.
Fonte: Público online
Osama bin Laden - Líder do movimento Al-Qaeda (A Base),
Osama bin Laden nasceu em Riad, na Arábia Saudita, e foi o 17.º dos 52 filhos de um rico construtor civil da Arábia Saudita, proveniente do Iémen. Aos 22 anos, foi aconselhado pelo chefe dos serviços secretos sauditas para, com a ajuda da fortuna da família, começar a treinar combatentes para lutar contra os soviéticos no Afeganistão. Bin Laden deixou a Arábia Saudita em 1979 para lutar contra a invasão do Afeganistão por parte da União Soviética.
Recebeu então treino de segurança por parte da CIA. Posteriormente, fundou o Maktab al-Khichmat e recrutou homens para ajudar na resistência contra Moscovo. Após a retirada soviética, os “afegãos árabes”, como o movimento de bin Laden lhes passou a chamar, direccionaram os seus ataques contra os EUA e os seus aliados no Médio Oriente.
Com o fim da guerra afegã, bin Laden regressou à Arábia Saudita para trabalhar nos negócios da família, mas foi expulso em 1991 e foi-lhe retirada a nacionalidade em 1994, por causa das suas actividades anti-governamentais e sob a acusação de se ter vendido à América. Bin Laden refugiou-se no Sudão durante cinco anos, mas, pressionadas pela comunidade internacional, as autoridades de Cartum expulsaram-no. Os talibã afegãos abriram-lhe, então, as portas. Segundo especialistas em terrorismo, bin Laden utiliza a sua riqueza para financiar os ataques contra os EUA. O Departamento de Estado dos EUA considera-o um dos maiores patrocinadores das actividades extremistas islâmicas. Segundo os EUA, bin Laden esteve envolvido no ataque ao World Trade Center, em 1993, na morte de dezanove soldados americanos em1996, na Arábia Saudita e nos bombardeamentos das embaixadas dos EUA em Dar es Salaam, na Tanzânia, em Nairobi, no Quénia. Nestas embaixadas morreram mais de duzentos civis. Bin Laden recusa qualquer envolvimento nestes ataques.
Alguns analistas afirmam que bin Laden pertence a um movimento islâmico internacional, que engloba grupos egípcios, líbios, sauditas, entre outros, com o objectivo de reivindicar os três locais mais sagrados do Islão: Meca, Medina e Jerusalém. Bin Laden vive habitualmente refugiado no Afeganistão, onde gere campos de treino das suas milícias terroristas, sob a protecção das milícias talibã.
Os Estados Unidos acusam bin Laden de dirigir uma rede terrorista a partir daquele país.
A partir de 2001, bin Laden tornou-se o homem mais procurado do mundo, depois dos atentados de Setembro aos EUA. Apesar de nunca ter reivindicado a autoria dos atentados, bin Laden foi, desde o primeiro dia, o principal suspeito dos ataques, facto que desencadeou uma intervenção militar dos EUA e do Reino Unido no Afeganistão, numa verdadeira caça ao homem com o objectivo de capturar bin Laden e destruir os campos de treino terroristas neste país do Médio Oriente.
In Enciclopédia Universal, Texto Editora (Adaptado)
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