domingo, 26 de maio de 2013

Guernica: um novo estilo artístico

Guernica foi pintado em 1937 por Picasso. O painel, executado para o pavilhão da República Espanhola na Exposição Internacional de Paris, foi inspirado no terrível bombardeamento de Guernica, a antiga capital dos Bascos, durante a Guerra Civil de Espanha. Não representa o própro acontecimento, mas evoca, por uma série de poderosas imagens, a agonia da guerra total.
 JANSON, H. W., História da Arte, FCG, Lisboa, 1989 (adaptado).

Guernica, 1937 by Pablo Picasso


A SIMBOLOGIA DOS ELEMENTOS 
 Esta obra, em preto e branco, constitui certamente numa das obras primas da arte moderna do séc 20. Encomendada pelo governo republicano e, por isso, propriedade do governo espanhol, Guernica esteve anteriormente conservada no Museu de Arte Moderna de Nova York, pois Picasso opunha-se a que o quadro fosse exposto em seu país enquanto Franco estivesse vivo. O ditador morreu em 1975, dois anos depois de Picasso, e o quadro só seria levado à Madri em 1981. Instalado inicialmente no Museu do Prado, está exposto hoje no Centro de Arte Reina Sofia.
O Touro – simboliza a Espanha, sua bravura, mas também a morte. Ele domina uma mulher em lágrimas, segurando nos braços o corpo inerte do filho. (à esquerda do quadro).
A Lâmpada - retrata o sol negro da melancolia como projetor que ilumina esta cena de batalha da guerra moderna.
As grandes bocas abertas, pescoços estendidos, corpos retorcidos – sugere um quadro quase sonoro: imaginam-se os gritos de pânico lançados pelas vítimas. Da mesma forma, a amplitude exagerada dos pescoços e as torções dos corpos desarticulados dão movimento à composição.
Uma figura à direita, sugere estar sendo consumida pelas chamas de um prédio em fogo.
A ausência de cor – O artista optou pelo preto e branco em sinal de luto. Essa bicromia reforça a tensão dramática da cena. E dá indiretamente uma dimensão realista à obra, no sentido cinematográfico do termo. As nuances de cinza permitem colocar sobre o mesmo plano as profundidades de campo.
O cavalo – Simboliza o povo, sua coragem, sua agonia e seu pânico. Ele pisa seguidamente sobre o corpo esquartejado de um soldado de quem se vê um braço cortado e a mão segurando uma espada - deitado na base da pintura Picasso havia criado o seu trabalho mais famoso.
Guernica não só relatou um fato histórico no sangrento do episódio da Guerra Civil Espanhola, mas também por ser a 'primeira intervenção resoluta da cultura na luta política' - segundo as palavras do crítico e historiador de arte Giulio Carlo Argan.

Amadeo de Souza Cardoso: um pintor da modernidade

"Tenho progredido consideravelmente. Nada tem que ver com a minha maneira de sentir e compreender com futuristas ou cubistas e se alguma coisa tem é a justificação precisa do contrário. A arte tal como a sinto é um produto emotivo da natureza. A natureza fonte de vida, de sensibilidade, de cor, de profundidade, de acção mental, de poder emotivo."
(Carta de Amadeo a Francisco Cardoso. Paris, 5 de Agosto de 1913)
Procissão Corpus Christi
óleo sobre madeira
1913









Cozinha da Casa de Manhufe
óleo sobre madeira
1913

Pintura
óleo sobre tela com colagem
c. 1917


















A propaganda nazi: "O Triunfo da Vontade"

O "Triunfo da Vontade" é um filme alemão realizado pela cineasta Leni Riefenstahl (1902-2003), estreado a 28 de Março de 1935, e que retrata o 6º Congresso do Partido Nazi, em Nuremberga, no ano de 1934. O cinema foi utilizado pela propaganda nazi para difundir uma imagem de grandeza cultural, política e militar da Alemanha.

Discurso de Salazar em 28 de Maio de 1936

Estado Novo: a perpetuação do autoritarismo





João Abel Manta viu o Salazarismo assim...

Os objetivos do 25 de Abril

Senhor Presidente (da Assembleia Geral das Nações Unidas) Sou o primeiro Chefe de Estado de Portugal que tem o privilegio de se dirigir à opinião pública mundial beneficiando da vantagem de o fazer aqui e perante Vossas Excelências. Sou o Chefe de Estado dum País que, depois de humilhado por meio século de ditadura, soube iniciar na longa noite de 25 de Abril uma revolução sem sangue que outros classificaram da mais pura do século. Estamos perfeitamente determinados a salvaguardar a pureza dos principais objetivos revolucionários: - Devolver ao Povo português a dignidade perdida, implantando condições mais justas com instituições democráticas pluralistas legitimadas na vontade do povo livremente expressa, - Iniciar o processo irreversível e definitivo de descolonização dos territórios sob administração portuguesa. Não mais admitiremos trocar a liberdade de consciência coletiva por sonhos grandiosos de imperialismo estéril. Discurso do Presidente da República, general Costa Gomes, na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 17 de Outubro de 1974

Revolta contra a ditadura militar: o 3 de Fevereiro de 1927

No dia 3 de Fevereiro de 1927 iniciou-se uma revolta no Norte de Portugal contra a Ditadura Militar instaurada nove meses antes. Dava-se início ao período que ficou conhecido por "Reviralho", que procurou restaurar em Portugal o regime democrático e as liberdades individuais e publicas. A revolta começou no Porto com a saída do Regimento de Caçadores 9, uma Companhia da Guarda Republicana e uma parte do Regimento de Cavalaria 6 de Penafiel, a que se juntaram outros regimentos, nomeadamente o Regimento de Artilharia de Amarante. Os revoltosos dirigiram-se para a Batalha (1), onde estava as sedes do Quartel-General e do Governo Civil, bem como a mais importante estação de telégrafo. Distribuíram as tropas por vários pontos com metralhadoras e peças de artilharia, para impedir a progressão do inimigo (A). De seguida, o chefe militar do Comité Revolucionário do Norte, comandante Jaime de Morais, enviou ao general Carmona, Presidente da República, um ultimato: "Forças revolucionárias de todo o Norte impõem demissão do Gabinete Militar que abusivamente quis governar em nome do Exército, desejando a sua substituição por um Governo Nacional republicano e o regresso à Constituição". Apesar dos reforços recebidos de Valença, os combates eram cada vez mais renhidos. A partir de Gaia (2), onde estava o comando das forças governamentais, as operações de cerco foram apertando cada vez mais os revoltosos até à sua rendição, na manhã do dia 8. Nos cinco dias que durou a "revolução do Porto", perderam a vida mais de 100 pessoas. O número de feridos excedeu os 500. No final, os prisioneiros foram concentrados na Penitenciária de Lisboa, vindos de várias cidades e vilas.
 Fonte: SILVA, Germano - O início do Reviralho, in "Jornal de Notícias", 3 de Fevereiro de 2007 (adaptado)

O racismo na ideologia nazi

Onde quer que os ratos apareçam, espalham destruição pelo país, destroem propriedade e mantimentos, disseminando doenças, pestilência, lepra, tifo, cólera e desinteria. Tal como os Judeus entre a humanidade, os ratos representam a essência da destruição maliciosa e subterrânea. De um filme de propaganda nazi, 1938. Um dia virá em que será maior honra ter o título de cidadão do Reich na qualidade de varredor de ruas que ser rei num Estado estrangeiro, e esse dia virá certamente porque, num período como o nosso, que se abandona à mistura dos sangues, um Estado que consagra todos os seus esforços ao aperfeiçoamento dos seus melhores elemento raciais deve fatalmente tornar-se o dono do mundo. Adolf Hitler, Mein Kampf. O que pode acontecer a um Russo ou a um Checo não me interessa absolutamente nada. Destas nações, nós ficaremos com o que elas nos puderem oferecer de sangue puro, levando-lhes, se for necessário, os seus filhos e educando-os no nosso país. Que estes povos sejam prósperos ou morram de fome, isso só me interessa na medida em que temos necessidade deles como escravos da nossa cultura.
Discurso de Himmler aos oficiais SS.

A "solução Final": o campo de Auschwitz

Eu dirigi Auschwitz desde 1 de dezembro de 1943 e calculo que, pelo menos, dois milhões e meio de pessoas foram mortas nas câmaras de gás e outro meio milhão morreu de fome e doenças. As crianças de tenra idade eram sempre enviadas para a morte, visto que não serviam para trabalhar. Com frequência, as mulheres queriam ocultar os seus filhos sob as roupas, mas quando o descobríamos mandávamos imediatamente as crianças para as câmaras. Os Judeus destinados ao extermínio eram conduzidos para os crematórios. Depois de se terem despido, entravam na câmara de gás. Esta estava apetrechada com duches e condutas de gás, o que dava a impressão de ser um balneário. As mulheres entravam primeiro com as crianças; em seguida fechávamos rapidamente a porta e os "desinfetadores" lançavam o zyclon (gás mortífero). Podemos afirmar que, para um terço dos encerrados, a morte era imediata. Os outros trepavam, gritavam, procuravam ar. Mas os seus gritos depressa se transformavam num lamento. Ao fim de 20 minutos ninguém se mexia. Uma meia hora depois do lançamento do gás, abríamos a porta. Em seguida, transportávamos os corpos para os fornos. Dependendo da dimensão dos cadáveres, podíamos introduzir até 3 num forno. A duração da incineração dependia igualmente da dimensão do corpo. Durava em média 20 minutos. Os crematórios I e II podiam incinerar em 24 horas cerca de 2.000 corpos. Queríamos que toda a ação fosse mantida em segredo, mas o cheiro originado pela incineração dos cadáveres inundava toda a região.
 Depoimento de Rudolf Hoss no Julgamento de Nuremberga, 1946.

O nacionalismo salazarista

D. Afonso Henriques foi o criador ou o fundador do Reino de Portugal. Todos os Portugueses devem estar gratos a esse rei, que foi um grande batalhador pela liberdade e engrandecimento da Pátria Portuguesa. Amai a Pátria, meninos, porque não há terra mais linda nem de maiores glórias do que a de Portugal. Livro de Leitura, Editora Educação Nacional. Chegaram. O combóio apareceu quási no mesmo instante. O tio Afonso disfarçou a tristeza das despedidas, fêz-se forte, e para disfarçar melhor ainda, gritou ao sobrinho emquanto os vagões se afastavam: - Paulo Guilherme! Quem vive? E o rapaz, a rir, respondeu: - PORTUGAL! - Paulo Guilherme! Quem manda? E êle, meio surdo com o silvo da máquina, gritou: - SALAZAR! História de Portugal para meninos preguiçosos, Livraria Tavares Martins, 1943. Serve e ama a Pátria, o lavrador que trabalha corajosamente no campo, o operário na oficina, o sábio nos seus estudos, o artista na escultura, na pintura, na música. Todos os Portugueses se devem esforçar pelo progresso e glória de Portugal.
 Livro de Leitura da 2ª classe, Editora Educação Nacional, 1957.

Mikhail Gorbachev

"Uma obra de alcance histórico foi conseguida: o sistema totalitário foi liquidado; as eleições livres, a liberdade de imprensa, as liberdades religiosas, os órgãos do poder representativo e o multipartidarismo tornaram-se uma realidade; os Direitos do Homem são reconhecidos como um princípio supremo. (...) Todas estas mudanças causaram uma enorme tensão e produziram-se em condições de luta feroz, sobre um fundo de oposição crescente das forças do passado moribundo e reacionário, das velhas estruturas do partido e do Estado. O antigo regime desmoronou-se antes de o novo ter podido caminhar." Discurso de demissão de Mikhail Gorbachev, 25 de Dezembro de 1991. Mikhail Gorbachev subiu ao poder na URSS em 1985. Com o objetivo de ultrapassar a estagnação do Comunismo, adotou medidas para a reforma da Constituição, a passagem de uma economia planificada para uma economia de mercado e a renovação dos quadros políticos. As suas ideias ficaram conhecidas por "perestroika" (reestruturação) e "glasnost" (transparência). Contudo, o falhanço da política económica e a liberalização da vida política conduziram o país a uma crise profunda, ao fim do regime e à desintegração do próprio bloco comunista, em 1991.javascript:;

Módulo 7 – crises, embates ideológicos e mutações culturais na primeira metade do século XX - OBJECTIVOS!

Módulo 7 – crises, embates ideológicos e mutações culturais na primeira metade do século XX.
- Compreender o corte que se opera na mentalidade confiante e racionalista da sociedade burguesa de inícios do século XX, devido ao choque na Primeira Guerra Mundial, às crises subsequentes e à evolução do mundo industrial.
- Analisar as transformações políticas ocorridas na Europa após a 1ª Guerra Mundial.
 - Explicar a forte dependência da Europa em relação aos Estados Unidos no termo da 1ª Guerra Mundial. - Descrever as condições sociais, políticas e económicas que determinaram a Revolução russa de Fevereiro de 1917.
- Distinguir a Revolução de Outubro da de Fevereiro de 1917.
 - Relacionar os decretos revolucionários bolcheviques com a instauração da Democracia dos Sovietes.
- Mostrar que o "comunismo de guerra" permitiu instaurar a Ditadura do Proletariado.
 - Explicar o funcionamento do centralismo democrático.
 - Caracterizar as medidas da NEP.
 - Contextualizar a vaga de autoritarismos dos anos 20.
- Contrapor o espírito confiante e racionalista do fim do século XIX ao clima de incerteza e pessimismo das primeiras décadas.
 - Equacionar as principais transformações na sociabilidade e nos costumes.
- Caracterizar as principais vanguardas artísticas, científicas e literárias.
- Relacionar a situação socioeconómica e política de Portugal no pós-guerra com a falência da 1ª República. - Caracterizar o modernismo português.

sábado, 25 de maio de 2013

MENSAGEM DO PROFESSOR


Olá a todos os alunos. Tenham uma boa aventura através do tempo e do espaço e conheçam povos antigos e não se preocupem a vossa imaginação fará o resto.
Bom ano e saudações históricas
O que é a História?
É o estudo da vida dos homens no passado.
Como se faz a História?
Através dos vestígios deixados… (instrumento, construção, texto escrito...) A estes vestígios chamamos fontes históricas ou documentos históricos.
Como situar os acontecimentos no tempo?
Usando as datas, contadas na nossa civilização a partir do nascimento de Cristo.
Como situar os acontecimentos no espaço?
Recorrendo a mapas
A AVENTURA COMEÇA...
PARA QUE SERVE A HISTÓRIA?


QUESTIONÁRIO
 QUESTÕES:
 1. Estas atento nas aulas? Sim Não
 2. Participas nas aulas? Sim Não
 3. Costumas tirar apontamentos durante as aulas? Sim Não
 4. Costumas colocar dúvidas ao professor? Sim Não
 5. Fazes os trabalhos de casa? Sim Não
 6. Fazes pequenos resumos da matéria estudada? Sim Não
 7. Consultas outras obras que não só o manual escolar? Sim Não
 8. Estudas a ver televisão? Sim Não
 9. Costumas estudar apenas nas vésperas dos testes? Sim Não
 10. Antes da entrega dos testes revês todas as respostas? Sim Não
 11. Costumas decorar sem compreender? Sim Não 
12. Dormes pelo menos oito horas por dia? Sim Não
 13. Analisas, com cuidado, os textos, imagens ou gráficos do manual? Sim Não
 14. Relacionas os assuntos/temas que estudaste? Sim Não
 15. Sentes curiosidade em conhecer o passado? Sim Não
 Para saberes o resultado soma os pontos de acordo com a seguinte chave:
 1 ponto por cada resposta SIM
 Nas questões 8, 9 e 11, 1 ponto por cada resposta NÃO 
Resultados:
 Entre 0 a 5 - Não és bom estudante, deves rever os teus métodos de estudo para teres sucesso na disciplina e na escola em geral.
 Entre 6 e 10 - És um estudante razoável, poderias obter melhores resultados na disciplina se organizasses melhor o teu estudo.
 Entre 11 e 15 - És um bom estudante, tens metódos e hábitos de trabalho, bem como gosto pelo estudo da História.
ESTÁS DE PARABÉNS!

REGRAS ESSENCIAIS PARA APRENDER HISTÓRIA
Para se ter sucesso em qualquer disciplina é preciso estudar, ou mellhor, é preciso"saber estudar", é preciso adquirir o seu próprio método de estudo e de trabalho.
Aqui tens algumas sugestões que poderás aproveitar.
 NA SALA DE AULA não esquecer de....
1. Procura estar atento e participativo;
2. Pergunta ao professor aquilo que não percebeste no momento;
 3. Toma notas das ideias importantes, mesmo que de uma forma esquematizada.
EM CASA após a aula deves...
1. Ler os apontamentos da aula e completá-los com as informações do manual;
2. Elaborar esquemas ou resumos das ideias principais, que te ajudarão a compreender a matéria e a preparar testes de avaliação;
3. Resolver atividades, exercícios ou fichas de trabalho propostos pelo professor ou que se encontrem no caderno do aluno;
4. Tomar nota de todas as dúvidas para esclareceres com o teu professor ou consultando diversa bibliografia na biblioteca;
5. Consultar os motores de busca na internet (google por exemplo), aprofunda os teus conhecimentos ou traz novas informações para a aula. Assim pouparás tempo, aumentas os teus conhecimentos e terás sucesso na escola!
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DA PROVA
Todas as respostas são analisadas, considerando os seguintes aspectos:
-relevância relativamente à questão formulada no item;
 -forma como a fonte é explorada, sendo valorizada a interpretação e não a mera paráfase; 
-correção na transcrição de excertos das fontes e pertinência desses excertos como suporte de argumentos;
-mobilização de informação circunscrita ao assunto em análise; 
-domínio da terminologia específica da disciplina.

DICAS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE
1- LER. Deve perder tempo a ler o teste integralmente, nunca tente responder a questões sem primeiro perceber oque é que se pretende.
2- TEMPO. Reparta o tempo disponível pelo número de questões do teste, reservando um pouco mais para aquelas que considerar mais difíceis.
3- FÁCIL. Comece por responder às questões que considerar mais fáceis.
4- ESQUEMA. Nunca deixe a folha de rascunho em branco. Faça um esquema da resposta com os tópicos da pergunta.
5- ORDENADO. Uma boa maneira para evitar “andar em círculos”, repetindo a mesma ideia vezes sem conta é estruturar bem a resposta em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Escreva tudo.
6- BEBER AS FONTES (DOCUMENTOS). O esquema de resposta deverá incluir sempre as conclusões da analise dos documentos, contextualizar, temporal, e espacialmente, bem como os conceitos fundamentais.
7- ESCREVER. É preciso ir com calma. Atenção aos erros ortográficos. Tais como os nomes de líderes políticos tratados, conceitos e lugares corretos.
8- RELER. A leitura final do teste, antes de o entregar, deve ser feita pausadamente e com objetivo de detetar lacunas de informação e de melhorar a expressão escrita.

A implantação do marximo-leninismo na Rússia

«O antigo regime conduziu o país à ruína e a população à fome. Era impossível suportá-lo mais tempo e os habitantes de Petrogrado foram para as ruas manifestar o seu descontentamento. Em vez de pão... foram recebidos a tiro. (...) O combate continua e deve ser levado até ao fim. O velho poder deve ser vencido para dar lugar a um governo popular. Depende disso a salvação da Rússia. A fim de ganhar este combate pela democracia, o povo deve criar os seus próprios órgãos de governo. (...) Convidamos toda a população a entrar em ligação imediata com o Soviete, a organizar comités locais de bairro e a tomar entre mãos a direcção dos assuntos locais. Todos juntos, com as nossas forças reunidas, venceremos para varrer completamente o velho governo (...).»

 Apelo do Soviete de Sampetersburgo, em Fevereiro de 1917, in Marc Ferro, A Revolução Russa de 1917, Dom Quixote, 1972

Da revolução burguesa à revolução socialista

«Cidadãos da Rússia: O Governo Provisório foi destituído. O poder passou para o Comité Militar Revolucionário, órgão do Soviete dos Deputados Operários e Soldados de Petrogrado que se encontra à frente do proletariado e da guarnição de Petrogrado. A causa por que o povo entrou em luta – a abolição da grande propriedade agrária, o controlo da produção pelos trabalhadores, a criação de um governo soviético – triunfou definitivamente. Viva a Revolução dos Operários, dos Soldados e dos Camponeses!»

 Comité Revolucionário do Soviete dos Deputados Operários e Soldados de Petrogrado, de 7 de Novembro de 1917

A construção do modelo soviético

As opções de Lenine: Mais vale menos, mas melhor (1923)
«Há cinco anos que nos esforçamos para aperfeiçoar o nosso aparelho de Estado. [...] É necessário adoptar esta regra: mais vale menos, mas melhor. [...] Porque não [...] admitir uma fusão do organismo de controlo do Partido com o do Estado? Por mim, não veria nisso nenhum inconveniente. Pelo contrário, creio que esta fusão é a única garantia de uma actividade fecunda. [...] O traço mais característico da nossa actual situação é o seguinte: destruímos a indústia capitalista, esforçámo-nos por destruir completamente as instituições medievais, a propriedade senhorial, e, com base nisto, criámos o pequeno e o muito pequeno campesinato, que seguem o proletariado, confiantes nos resultados da sua acção revolucionária. No entanto, não é fácil mantermo-nos, até à vitória da revolução socialista, nos países desenvolvidos, apoiados apenas nesta confiança. Não é fácil, porque o pequeno e o muito pequeno campesinato permanecem [...] num nível extremamente baixo de proditividade de trabalho. Além disso, a situação internacional faz com que a Rússia tenha sido lançada para um plano secundário; faz com que, globalmente, a produtividade do trabalho nacional seja hoje sensivelmente mais baixa, no nosso país, do que antes da guerra. As potências capitalistas da Europa Ocidental [...] fizeram o possível por nos afundar, por aproveitar a guerra civil na Rússia, para arruinar ao máximo o nosso país. [...] Que táctica é que este estado de coisas impõe ao nosso país? [...] O que nos interessa é a táctica que nós, Partido Comunista da Rússia, nós, poder dos Sovietes da Rússia, devemos seguir para impedirmos que os estados contra-revolucionários da Europa Ocidental nos esmaguem. Devemos procurar construir um Estado em que os operários conservem a sua direcção sobre os camponeses [...]. Devemos procurar o máximo de eficácia nosso aparelho de Estado. Devemos expurgá-lo dos excessos deixados pela Rússia czarista no seu aparelho capitalista e burocrático. [...] Se conservarmos a direcção da classe operária sobre o campesinato e se economizarmos na gestão do nosso Estado, poderemos empregar até a mais pequena poupança para dsenvolvermos a nossa indústria mecanizada [...].»

Lenine, «Mais vale menos, mas melhor», Pravda, n.º 49, Março, 1923

A Nova Política Económica (NEP)

«Estamos tão arruinados, tão abalados pelo fardo da guerra, que não podemos dar ao camponês os produtos industriais em troca do trigo de que temos necessidade . [...] A miséria e a ruína são tais que não podemos restabelecer a grande produção socialista, as grandes fábricas do Estado. [...] Por conseguinte, é necessário restabelecer a pequena indústria. [...] Que resulta daí? Seguindo uma certa liberdade de comércio, renascem a pequena burguesia e o capitalismo. [...] O capitalismo privado pode ajudar ao desenvolvimento do socialismo. [...] Nada há de perigoso nisto enquanto o proletariado detiver firmemente o poder, enquanto detiver firmemente entre as suas mãos os transportes e a indústria pesada.»

 Lenine, 1921

O relativismo científico, a psicanálise e a revolução artística

«O modernismo vanguardista organiza-se sobre o princípio de que à geração nova cabe o papel messiânico de romper com o passado e de, sobre os escombros da herança destruída e abandonada, acelerar a evolução, inventar o futuro, criar um mundo novo. Se observarmos as principais tendências do primeiro modernismo em geral, numa primeira fase, duas vertentes: a antitradicionalista e iconoclástica, e a futurista. A primeira incendia a tradição e destrói as suas imagens e símbolos; a segunda, complementar, deseja ultrapassar o passado, transcender o presente e criar desde já o futuro, não sendo pois de admirar que a expressão do movimento, da velocidade, do futurível na sociedade actual, constitua o seu principal propósito. Por um lado, o fauvismo, o cubismo, o expressionismo, o abstraccionismo, o dadaísmo; por outro, o movimento propriamente futurista, que entronca nalguns daqueles, mas para acentuar as dimensões de velocidade, de aceleração, de motricidade social ou industrial.»

 António Quadros, O Primeiro Modernismo Português - Vanguarda e Tradição, Lisboa, Europa-América

O Expressionismo

«A pintura mais célebre de Munch é O Grito (1893): a Natureza, o céu, o rio... oscilam em curvas e transforma o próprio ritmo, tal como a personagem do primeiro plano. Esta expressa a angústia absoluta, a solidão do homem entre a vida e a morte. A estada de Munch na Alemanha, desde 1892 até 1908, ajuda a explicar a influência que Munch viria a exercer na arte alemã no período posterior.»

 José Maria de Azcarata Ristori e outros, Historia del Arte, Anaya

O Fauvismo

A primeira característica que ressalta da observação de uma obra de arte fauvinista é a cor intensa. As telas dos pintores Henri Matisse, André Derain e Maurice de Vlamink, de tons considerados violentos para os padrões estéticos da época, deram origem ao epíteto feras (fauves) atribuído por Vauxcelles, crítico de arte da época.