terça-feira, 17 de junho de 2014

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)

Organização dos Países Exportadores de Petróleo
OPEP.
Bandeira da OPEP.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) é um cartel liderado pela Arábia Saudita.

Foi criado em 1960 por meio do Acordo de Bagdad e reúne os maiores exportadores de petróleo em todo mundo em virtude da importância geopolítica e económica desse produto em todo o planeta.
Sua sede encontra-se na cidade de Viena, na Áustria.
 Antes da criação da OPEP, eram as “sete irmãs” que controlavam praticamente toda a exploração de petróleo no mundo.
Esse termo era uma alcunha às sete maiores empresas petrolíferas do planeta até então, a saber: Exxon, Texaco, Mobil, Amoco, Chevron, Shell e British Petroleum.
Como essas empresas definiam a quantidade e o preço de todo o petróleo produzido, os países explorados criaram então a OPEP para reagir a esse contexto. Atualmente, fazem parte dessa organização os seguintes países: Argélia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Irão, Iraque, Kuwait, Nigéria, Líbia, Qatar e Venezuela. Além de estabelecer uma reação frente ao cenário geopolítico global, o objetivo da OPEP era o de definir a quantidade de petróleo a ser produzido para evitar uma superprodução que, de acordo com a lei da oferta e da procura, baixaria em demasia os preços.
Esse controle da produção, associado à crescente importância do Petróleo no mundo e às evidências do inevitável esgotamento desse recurso, foi responsável pela elevação dos preços do barril de petróleo. Tal problemática tornou-se ainda maior quando, em 1973, os países da OPEP resolveram aumentar deliberadamente o preço do produto, contendo ao máximo a sua produção, o que gerou uma grande crise, conhecida como Crise do Petróleo ou Choque do Petróleo.
Essa postura foi uma resposta à ação bélica do Iraque no Oriente Médio, apoiado por Inglaterra e Estados Unidos.
 No entanto, ao contrário do que se possa imaginar, nem os americanos, nem os ingleses e, tampouco, as “sete irmãs” foram prejudicadas por essa crise.
No caso dos dois países, a maior parte dos benefícios que os países da OPEP lucravam nessa época era aplicada em suas economias, geralmente em ações empresariais. As sete irmãs também se beneficiaram com a elevação dos lucros em virtude do aumento do preço do petróleo e da elevação em importância de outros combustíveis, cuja tecnologia e produção essas empresas já haviam dominado. Posteriormente, ocorreu uma nova crise do petróleo em 1990, quando tropas iraquianas invadiram o Kuwait, um dos maiores países produtores desse combustível fóssil e aliado de outras potências no ramo, como a Arábia Saudita.
 Após esse período, houve uma relativa estabilização do preço do produto, que veio a aumentar novamente ao final do século XX e início do século XXI, em virtude da elevação da procura pelo combustível por China e Índia, países que antes praticamente não importavam petróleo.

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